Facebook, Instagram e WhatsApp serão pagos? Descubra o que a Meta planeja

A gigante da tecnologia Meta, que é dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, deve lançar um novo departamento para desenvolver produtos e recursos pagos em suas plataformas. Um memorando recente enviado aos funcionários da empresa de Mark Zuckerberg sugere a nova implementação.

A divisão seria a primeira alteração de grande porte da Meta em seus principais aplicativos que reúnem bilhões de usuários. A ideia tomou forma após os anúncios da empresa terem sido afetados pelas mudanças de rastreamento de publicidade do iOS da Apple, assim como a retração dos gastos com anúncios digitais. 

O New Monetization Experiences, grupo que constitui a nova divisão, terá como líder Pratiti Raychoudhury, ex chefe de pesquisa da Meta. 

O vice-presidente de monetização da empresa, John Hegeman, disse em entrevista ao The Verge que a Meta ainda planeja expandir seus negócios de anúncios e afirma não ter planos de permitir que as pessoas paguem para desativar a exibição de anúncios em seus aplicativos. “Acho que vemos oportunidades para construir novos tipos de produtos, recursos e experiências pelas quais as pessoas estariam dispostas a pagar e empolgadas com isso”, disse.

A maior parte da receita da Meta vem de anúncios, ainda que já possua recursos pagos em seus aplicativos, a empresa de mídias sociais ainda não priorizou a cobrança de usuários, até então. 

Segundo Hegeman, a fonte de receita pode se tornar parte significativa de negócios a longo prazo. “Em um horizonte de tempo de cinco anos, acho que isso pode realmente mudar a agulha e fazer uma diferença bastante significativa”, comentou.

Recursos pagos do Facebook, Instagram e WhatsApp

Os administradores de grupos da rede social Facebook já podem cobrar pelo acesso de conteúdos exclusivos e selos virtuais. Já o WhatsApp cobra pelo envio de mensagens aos clientes de certas empresas. O Instagram anunciou recentemente que os criadores de conteúdo podem começar a cobrar uma assinatura exclusiva para acesso de conteúdo personalizado. 

“Obviamente, estamos prestando atenção ao que está acontecendo na indústria”, disse Hegeman. “E acho que existem várias empresas que fizeram coisas interessantes neste espaço. Espero que possamos aprender e imitar ao longo do tempo”, apontou.