Starbucks é acusada de dever R$ 10 milhões a ex-funcionários: veja o que causou a dívida e o que diz a empresa

De acordo com documentos enviados à Justiça de São Paulo, a Starbucks acumula uma dívida de R$ 10.447 milhões com seus ex-funcionários, com valores descritos como referentes à rescisão de contrato. Na lista, não estão somente pessoas, mas também empresas, bancos e órgãos públicos. O detalhamento dos credores foi incluído no pedido de recuperação judicial feito pelo grupo à Justiça de São Paulo.

Não só a rede de café, mas também outras empresas controladas pelo South Rock estão endividadas. Ao todo, 2.357 credores precisam ser pagos. Os valores chegam a R$ 2,5 bilhões.

Na terça (7), o juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências da Justiça de São Paulo, concedeu parte do pedido de recuperação judicial do grupo e determinou que credores do grupo (entre eles Banco ABC, Banco do Brasil, Pine, Santander, Votorantim e Receita Federal) fiquem impedidos de levantar valores já bloqueados em ações de execução em andamento.

Além da Starbucks, Subway e mais outras empresas são controladas pelo SouthRock

Além da Starbucks, diversas outras empresas são controladas pelo grupo SouthRock, como Eataly, TGI Fridays, Brazil Airport Restaurantes, Subway, Brazil Highway Restaurantes e Vai Pay Soluções em Pagamento.

O Subway não entrou na RJ no Brasil. O Banco ABC, a qual o SouthRock deve R$ 29,1 milhões, questionou na Justiça os motivos para a não inclusão da rede de lanchonetes.

“Causou estranheza ao Banco ABC o fato de que, dentre as requerentes”, escreveram os advogados do banco, “não houve a inclusão das sociedades empresárias relacionadas a rede Subway”. “Isso porque, ao que se sabe, o grupo era todo regido mediante caixa único e sob a mesma gestão empresarial”.

O que diz a South Rock?

No pedido encaminhado ao judiciário, o South Rock afirma ter acelerado a expansão de unidades da rede de cafeterias a partir de 2019, no ano seguinte à aquisição do controle no Brasil. Antes, eram 187 lojas próprias. A rede não diz quantas foram fechadas.

A companhia usou o baixo grau de confiança; alta instabilidade no país; bem como a volatilidade da taxa de juros para justificar o pedido de recuperação. Além desses fatores, a pandemia durante a Covid-19 também derrubaram os lucros da empresa.

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