Servidores federais reivindicam reajuste salarial em 2022 e intensificam a greve para concessão de acordo
Os servidores públicos federais intensificam a greve em busca de melhores salários e condições de trabalho. Ontem (28), Dia Nacional da Luta, a categoria pressionou o governo em atos por todo o país.
De acordo com os funcionários públicos, o reajuste em 5% no salário proposto pelo presidente da república não é aceitável, pois não cobre as perdas salariais dos últimos anos devido a alta da inflação.
Segundo o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo, ao Metrópolis,“Só a inflação do começo do ano já superou os 5%. Esse valor não cobre nem a metade da inflação do ano passado. É inadmissível que haja esse déficit mesmo com o aumento da arrecadação (…). O governo continua utilizando o funcionalismo para dizer que quer enxugar a máquina”, disse.
Os servidores públicos prometem endurecer a greve se o governo não entrar em um acordo que seja aceitável. Os funcionários do Trabalho e Previdência (MTP) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) continuam em greve, e existe a possibilidade dos funcionários do Banco Central retomarem a paralisação.
Entenda as reivindicações dos servidores públicos
Entre as reivindicações dos servidores do INSS estão o reajuste salarial em 20%, para recompor a inflação de 2019 a 2022 e o encerramento da tele perícia, perícia realizada de forma virtual.
Além disso, os servidores querem uma melhoria nas condições de trabalho nas agências, como a climatização e a higienização das agências, a contratação de três mil servidores através de novos concursos, e ter como meta diária 12 atendimentos presenciais.
Já os servidores do BC pedem um reajuste de 26,3% no salário e uma reestruturação na carreira de analista.
Além dos servidores do MTP, do INSS e do Banco Central, outras categorias devem aderir ao movimento de paralisação. auditores da Receita Federal, auditores fiscais federais agropecuários, Delegados de Polícia Federal (ADPF), Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) são algumas das categorias que devem aderir ao movimento nas próximas semanas.