Serviço em Porto Alegre anunciado pelo governo completa 10 anos sem sair do papel

Nesta quinta-feira (12), um dos projetos mais esperados pelos moradores de Porto Alegre, um grande metrô como os da cidade de São Paulo, completará 10 anos sem sair do papel.

No dia 12 de outubro de 2013, a presidente Dilma Rousseff anunciava na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, a construção do metrô da capital gaúcha, cuja obra custaria R$ 4,8 bilhões. O veículo teria duas linhas, com extensão total de 11,7 km, sendo 10,3 km da Rua dos Andradas, no Centro, até o Terminal Triângulo, na Zona Norte, e outro 1,4 km até o Complexo de Manutenção.

O metrô se locomoveria com velocidade média de 35 km/h, e máxima de 80 km/h, e passaria pelas estações a cada dois minutos e meio. No projeto, também eram previstas, no mínimo, 10 estações: Triângulo, Cristo Redentor, Obirici, São João, Dom Pedro II, Cairú, São Pedro, Florida, Conceição e Rua da Praia.

Antigo prefeito de Porto Alegre chegou a construir escritório MetrôPoa na época

Na época, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, comemorou a construção do metrô na capital do estado. “Estamos começando a tornar realidade este sonho que certamente será o grande presente que Porto Alegre terá.”

Na data, José Fortunati ainda citou a falta de avanço de um projeto de metrô discutido em 1997. “Não é de hoje que Porto Alegre sonha com o metrô, Começamos a discutir o metrô em 1997 e não avançamos. O tempo passou e começamos a discutir as obras da matriz de responsabilidade da Copa e em uma conversa com a então chefe da Casa Civil, a Dilma, pela primeira vez começamos uma discussão séria sobre o metrô”, afirmou.

Ele já havia até montado o escritório do MetrôPoa na avenida Padre Cacique.

SPGG se manifesta sobre falta de andamento do projeto

Recentemente, a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão do governo Eduardo Leite (PSDB) se manifestou sobre o assunto. “Não havia recurso específico para a obra no período citado. Alguns projetos para a Copa do Mundo tinham recursos, mas eram vinculados à qualificação de pessoal, cursos, escritórios etc. Ou seja, nada relacionado diretamente ao metrô”, disse, em nota.

Imagem: Reprodução / Porto Alegre Film Commission