Turistas podem ter que desembolsar mais dinheiro para visitar Gramado em breve

Em breve, turistas podem ter que desembolsar uma quantia a mais para visitar Gramado, a “Europa brasileira”. Isto porque, a prefeitura está propondo que além de hotéis, os parques e museus também passem a cobrar uma taxa.

A proposta de mudança da atual Taxa de Turismo Sustentável (TTS) para a Taxa de Conservação Ambiental (TCA) foi apresentada na semana passada. A quantia adquirida irá para a área ambiental e serão buscadas alternativas legais para aplicá-la no turismo, segurança pública e saúde, de acordo com a prefeitura, que pretende enviar o projeto à Câmara de Vereadores ainda em 2023.

“Temos demandas crescentes na área ambiental. Por outro lado, a questão da segurança pública e da saúde estão intrinsecamente ligadas ao turismo, o que não podemos descuidar. E, ainda, o fomento para continuidade da qualidade dos nossos eventos públicos, com o fortalecimento da Gramadotur. Questões relevantes que precisamos enfrentar”, declara o prefeito Nestor Tissot.

Saiba quanto os turistas de Gramado terão que desembolsar caso novo projeto seja aprovado

Atualmente, turistas que se hospedam em hotéis e pousadas já pagam R$ 2,99 por apartamento ocupado e por cada diária. Caso a nova proposta da prefeitura seja aceita, o mesmo valor será adicionado nos ingressos dos parques e museus.

“A primeira proposta era de R$ 3,20 e depois baixou para R$ 2,99, mas não achamos justa”, diz a presidente da Associação de Parques e Atrações da Serra Gaúcha (Apasg), Manoela da Costa Moschem, também proprietária da Holy, sócia-fundadora do Snowland e licenciada dos direitos do Parque da Mônica na serra gaúcha. Segundo Manoela, “por baixo, a arrecadação da prefeitura com essa taxa passará de R$ 4 milhões para R$ 10 milhões por ano”.

Gramado e suas taxas polêmicas

Não é a primeira vez que tentam cobrar taxas dos visitantes de Gramado. Em 2021, a cidade encaminhou um projeto de lei propondo a cobrança de tarifa aos turistas que entrassem na cidade. O dinheiro iria para fiscalização, preservação ambiental, infraestrutura, limpeza urbana, manutenção e saneamento. Na época, o assunto repercutiu e gerou uma grande polêmica, e por isso, a ideia não foi para frente.

Imagem: Reprodução / Ministério do Turismo