Secretária de Saúde do RS divulga número impressionante de pessoas na fila do SUS

Novos dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio Grande do Sul revelam um número impressionante de pessoas na fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a SES, há cerca de 490 mil cidadãos aguardando por um atendimento médico.

Ainda há outro número significativo: cerca de 100 mil procedimentos cirúrgicos estão na fila. Diante do problema, o governo do estado trabalha para encontrar soluções. Confira abaixo mais informações sobre os dados recentes do SUS.

Fila do SUS é a maior nos últimos anos

O número de pessoas aguardando no Sistema Único de Saúde aumentou desde o início do ano. Na capital gaúcha, a fila para consultas especializadas tem mais de 100 mil solicitações. Em fevereiro, cerca de 309 mil aguardavam pelo mesmo tipo de atendimento em todo o estado gaúcho.

Na capital, os profissionais mais procurados são oftalmologistas, cardiologistas, oncologistas e ginecologista.

Em fala para o G1, o secretário de saúde de Porto Alegre, Mauro Sparta, afirmou que o impacto econômico da pandemia contribuiu para as mudanças. Ele relata que houve um aumento de cerca de 200 mil pessoas no número de atendimentos anuais.

“A pandemia também tirou muito o poder aquisitivo da nossa população. Muitas pessoas que tinham convênio não tem e vieram pro SUS. Nós atendíamos, por ano, 450 mil pessoas. Agora estamos atendendo mais de 750 mil pessoas”, afirma o secretário.

O governo do estado apresenta uma possível solução: aderir ao Plano Nacional de Redução de Filas, programa lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ajudar a diminuir o número de pessoas que aguardam atendimento gratuito. Segundo as informações do governo federal, serão investidos cerca de R$ 600 milhões aos estados e municípios que aderirem ao projeto.

Segundo a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada da SES, Lisiane Fagunes, o plano está encaminhado para o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul e deve ser repassado ao Ministério da Saúde em breve.

Imagem: Arquivo / Agência Brasil