RS registra redução considerável da pobreza e da desigualdade social

De 2021 a 2022, melhorias significativas ocorreram na qualidade de vida dos brasileiros, marcadas por uma diminuição significativa da pobreza e da extrema pobreza, tanto no Brasil como no Rio Grande do Sul. Esta tendência favorável foi ainda mais acentuada pelo avanço nos índices de desigualdade social e educação, de acordo com a Síntese dos Indicadores Sociais publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em termos específicos, vimos um declínio em números absolutos na extrema pobreza, caracterizada por uma renda inferior a US$ 2,15 por dia. De 2021 a 2022, esta categoria diminuiu de 9% para 5,9% no Brasil, que equivale a um impressionante decréscimo de 6,5 milhões de pessoas nessa situação em um ano

Como foi essa redução no Rio Grande do Sul?

No caso do Rio Grande do Sul, a porcentagem de pessoas que vivem em extrema pobreza caiu de 2,9% para 2,5%, significando que 44,6 mil gaúchos deixaram essa condição. Os que vivem na linha da pobreza também reduziu de 18,9% para 16,8%, o que resultou em uma diminuição de cerca de 232.910 pessoas nessa faixa, ficando atualmente cerca de 1,9 milhão de pessoas.

O que contribuiu para esta melhoria?

De acordo com Walter Rodrigues, pesquisador do IBGE e coordenador da Pnad Contínua no Estado, a expansão dos programas sociais desempenhou um papel importante nas melhorias observadas. A implementação do Auxílio Brasil, que teve seu valor aumentado no último ano, foi um fator essencial nessa mudança.

Couberam destaque aos índices de desigualdade social do país, medidos pelo Índice de Gini, que caíram de 0,544 em 2021 para 0,518 no ano seguinte. Este número representa uma concentração de renda, e quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade.

Qual o impacto desses avanços na educação e sensação de segurança?

Além da melhora nos índices socioeconômicos, houve um avanço significativo nos aspectos da educação e na percepção de segurança da população. Quanto à educação, observamos uma maior taxa de frequência escolar em todas as faixas etárias, refletindo a expansão da oferta de cursos nos últimos anos.

Quanto à segurança, no ano de 2021, apenas 10,3% dos brasileiros com 15 anos ou mais disseram se sentir inseguros ou muito inseguros em suas residências, enquanto 26,8% revelaram sentir-se inseguros ou muito inseguros em seus bairros.

Estes dados corroboram a visão positiva geral da melhoria nos índices sociais do Brasil e reforçam a importância de continuarmos a trabalhar em direção a um desenvolvimento mais igualitário e inclusivo.