Rodovias federais no RS terão mais 13 praças de pedágio após nova concessão

O estudo realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo consórcio LOGIT – ATP – QM – JGP, para a nova concessão que o governo federal pretende tirar do papel no Rio Grande do Sul, projeta a construção de 13 novas praças de pedágio e deve custar caro aos motoristas.

Na BR-116, serão instalados cinco deles, sendo um em Camaquã, um em Barra do Ribeiro e três em Eldorado do Sul. Das três praças de Eldorado do Sul, duas estarão posicionadas em locais para evitar fuga de pedágio, em alças da rodovia que obrigarão o motorista a pagar a tarifa. 

Na BR-290, outras quatro praças estarão nas cidades de Butiá, Pantano Grande, Jacuí e Caçapava do Sul. Mais duas ficarão na BR-158, em Cruz Alta e Júlio de Castilhos. As últimas estarão localizadas na BR-392, em Santana da Boa Vista e São Sepé.

Para carros, a tarifa de pedágio em trechos de pista simples será de R$ 11,54. Já nas rodovias com pista dupla, o valor para estes veículos poderá chegar a R$ 16,15. Se confirmado o preço, será o pedágio mais caro do Rio Grande do Sul.

Concessão de rodovias federais no RS

Ao todo, serão 674,1 quilômetros que deixarão de ser responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A projeção é de que o grupo vencedor invista R$ 4,40 bilhões durante o período de 30 anos de concessão. O leilão, segundo estimativa da ANTT, deve ocorrer entre julho e setembro de 2023 e o contrato deve ser assinado até o fim do próximo ano.

A partir do início da concessão alguns prazos deverão ser seguidos à risca. A duplicação de 115 quilômetros da BR-290, por exemplo, ocorrerá entre 2026 e 2029. Já o término da nova ponte do Guaíba ficará para 2027.

Nas BRs 116, 158, 290 e 392 ainda serão construídos 203 quilômetros de faixas adicionais; 47 quilômetros de terceira faixa nas BRs 158, 290 e 392; e a duplicação de cinco quilômetros da BR-116, em Tapes.

No dia 11 de novembro, em Brasília, ocorrerá a consulta pública. Durante o período, a população poderá opinar, sugerir mais ou menos obras e discutir a posição das praças de pedágio. Será possível participar da reunião por meio da internet.