Quais foram os itens que impactaram a inflação de julho na Grande Porto Alegre? Confira

A inflação atinge todas as regiões do Brasil e provoca a instabilidade econômica no país. No entanto, este cenário registrou momentos de certa calmaria em Porto Alegre.

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no mês de julho a inflação caiu 0,59% na Região Metropolitana. No âmbito nacional também houve queda, tendo sido registrada uma variação de -0,68%. Segundo economistas, a queda apontada foi devida a itens como conta de luz e gasolina.

Na grande Porto Alegre e no restante do Brasil a gasolina e a conta de energia elétrica foram os itens que apresentaram queda diante da inflação entre as nove áreas pesquisadas pelo IPCA.
A retração nesses meios se deve à queda nos preços dos combustíveis estabelecida nas refinarias, além da redução de alíquotas de ICMS promovida pela nova legislação vigente.
Para André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), os dois setores tiveram uma importante redução, porém não são reflexo de uma retração generalizada da inflação. Ainda que alguns itens como os já citados tenham tido uma baixa, em julho 63% dos produtos e serviços que são objetos de consumo das famílias brasileiras tiveram aumento de preço.

A inflação deu um passo atrás com a conta de luz e a gasolina, porém este passo foi pequeno e segurado pelos números registrados nos alimentos, grupo que foi a maior alta no mês.
Em Porto Alegre, o leite longa vida, a banana e o mamão estão entre os itens que registraram maior alta da inflação no último mês. Em contrapartida, o tomate, a cenoura e a batata-inglesa tiveram uma queda no IPCA, freando o aumento no meio alimentício.

Conforme Antônio da Luz, economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), parte do aumento e queda nos alimentos se deve à sazonalidade e produção, ou seja, as frutas e verduras que estão em sua época de colheita já possuem uma tendência à redução de preço. Outros aspectos como o clima no estado também interferem nos preços do setor alimentício.