Privatização da Corsan: o que muda para o consumidor?

Durante audiência pública sobre a privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), o  diretor-presidente da empresa, Roberto Barbuti, afirmou que a privatização poderá reduzir a tarifa de água dos gaúchos. 

Segundo Barbuti, a venda da estatal trará, além de menor preço na conta, um impacto socioambiental positivo. “Trará impactos altamente positivos, inclusive em termos socioambientais. Isso vai mudar o patamar da prestação do serviço de saneamento, permitindo avanços na lucratividade e na contenção de perdas, beneficiando o consumidor final”, disse.

A audiência foi realizada de modo virtual nessa terça-feira (1º) e foi dividida em três blocos. Inicialmente, foi feita a exposição do tema, seguido pelas manifestações do público e a resposta às perguntas. 

Participaram do evento o secretário adjunto do Meio Ambiente e Infraestrutura, Guilherme de Souza, o procurador do Estado Juliano Heinen e o secretário-executivo de Parcerias, Marcelo Spilki, representando o governo. A ocasião também contou com a presença do diretor-presidente da Corsan, o diretor de concessões e privatizações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fábio Abrahão, e o representante do banco Genial, Mikael Martins. 

De acordo com o secretário adjunto Guilherme de Souza, privatizar a Corsan é o passo necessário para cumprir a Lei Federal 14.026/2020, o Novo Marco do Saneamento, que contém metas para atender 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgotos até 2023. 

O leilão para privatização da Corsan disponibilizará as ações da companhia que são propriedade do Estado, além das ações de municípios que firmaram termo aditivo e optaram por aliená-las no processo de desestatização. Esse conjunto de ações representa 99,54% da base acionária da companhia.