Prefeito de Imaruí (SC) com prisão revogada irá voltar ao cargo? Saiba mais

Nesta quinta-feira (21), Patrick Corrêa, prefeito de Imaruí (SC) que foi preso durante as investigações da Operação Mensageiro, foi solto após decisão unânime do Tribunal da Justiça de Santa Catarina, por meio da 5ª Câmara Criminal. Ele estava detido desde 27 de abril de 2023.

Em substituição à prisão preventiva, o agente deverá ficar afastado do cargo público por 30 dias e está proibido de ter contato com colaboradores premiados da ação penal até que sua sentença seja definida.

“Saindo da medida extrema, necessário se faz a aplicação de medidas menos gravosas, de maneira progressiva, para haver a certeza que a ordem pública estará acautelada sem a aplicação de quaisquer medidas cautelares no futuro”, pontuou a desembargadora relatora da decisão, Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaeferm.

Entenda quais acusações foram feitas ao prefeito durante  4ª fase da Operação Mensageiro 

Corrêa foi preso na 4ª fase da Operação Mensageiro após ser acusado de participar do esquema de corrupção. O agente teria pedido à empresa pivô da operação um pagamento de R$ 40 mil para pagar dívidas do contrato da prefeitura com a companhia para o serviço de coleta de lixo na cidade.

Entre março de 2021 e maio de 2022, Patrick teria recebido R$ 5 mil durante todos os meses, de acordo com a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Na investigação, foram descobertas, no mínimo, oito situações em que o prefeito teria recebido os pagamentos criminosos.

No início de 2021, o prefeito também teria solicitado um valor além do recebido nos pagamentos mensais. Com o passar do tempo, os valores ficaram ainda maiores. No voto em que pede a abertura do processo contra o político, a desembargadora responsável pelo processo, Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, escreve que em todo o período investigado ele “teria recebido, em tese, o total de R$ 160.000,00 de vantagem indevida”.