Policiais civis do RS pedem por melhorias em protesto ao som de Ivete Sangalo

Durante a tarde desta terça-feira (3), os policiais civis do Rio Grande do Sul participaram de uma marcha pelas ruas de Porto Alegre, questionando o aumento do salário do governador, Eduardo Leite (PSDB), enquanto não há reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

Liderado pelo Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS (Ugeirm-Sindicato), o grupo realizou uma assembleia em frente ao Palácio da Polícia e, posteriormente, seguiu em caminhada até o Palácio Piratini e a Assembleia Legislativa.

Como forma de protesto, o trio elétrico que acompanhava os manifestantes ecoava músicas da cantora Ivete Sangalo.

Protesto ao governador Eduardo Leite

Os participantes utilizavam as músicas de Ivete Sangalo como uma forma de se manifestar contra o governador Eduardo Leite (PSDB), que participou do show da cantora no último sábado (30).

Durante o vídeo que circulou nas redes sociais, o governador estava ao lado de seu companheiro, curtindo o show “dançando de forma alegre”. O caso trouxe várias críticas ao governador, uma vez que o estado do Rio Grande do Sul estava passando por vários fenômenos climáticos severos.

Os participantes da manifestação chamaram a atenção para o déficit de pessoal, salários congelados e falta de promoções na carreira.

Policiais querem exercer seus direitos

“Marcharam hoje policiais de todo o Estado do Rio Grande do Sul, ativos e inativos, demonstrando a nossa unidade. Isso mostrou a população Gaúcha que os policiais civis estão insatisfeitos, estão trabalhando muito e não tem a devida valorização do empregador. A única arma que nós temos de luta é o nosso trabalho, a gente não vai deixar de trabalhar para a população gaúcha, porque são eles que pagam nosso salário, mas a gente vai mostrar para a população as mazelas que existem dentro da Polícia Civil”, afirma a vice-presidente da Ugeirm, Neiva Carla.

Além disso, a dirigente afirma que, a partir daquele momento, o policial civil fará apenas o que está previsto em lei, sem exceder os limites do trabalho.

Foto: Luiza Castro/Sul21