Mesociclone e formação de tornado são detectados na divisa do RS e SC

Um tornado atingiu a região de divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina durante a madrugada desta quinta-feira (16). Contudo, o fenômeno não atingiu as áreas urbanas dos dois municípios, não se observando danos estruturais.

A confirmação do fenômeno foi possível mediante a análise dos efeitos do vento na vegetação e por imagens de radar da Defesa Civil de Santa Catarina que captaram o que se denomina de assinatura de vórtice de tornado (tornado vortex signature).

Os impactos foram vistos em vegetações por onde passou o funil. Em Itá, o fenômeno decepou e torceu grande número de eucaliptos em uma propriedade. Além disso, uma árvore foi arrancada pela raiz.

Poucas consequências do fenômeno

Em algumas cidades vizinhas, como a de Seara, as consequências foram semelhantes, com várias árvores decepadas em seus troncos ou derrubadas com a força do vento que passou pelo município.

Contudo, vale ressaltar que o tornado aconteceu em decorrência de um Complexo Convectivo de Mesoescala atuou entre a noite de quarta e a madrugada de quinta-feira na Metade Norte do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, produzindo tempestades severas. No município gaúcho de Giruá, uma pessoa morreu e quase 60 ficaram feridas.

Mas afinal, o que é um Complexo Convectivo de Mesoescala?

Trata-se de um grande aglomerado circular e de longa duração de nuvens muito carregadas, de grande desenvolvimento vertical, que podem atingir de dez a vinte quilômetros de altura. Este fenômeno é identificado a partir de imagens de satélite, e costumeiramente provocam chuva forte a intensa e tempestades.

O risco de tornados prossegue entre hoje e amanhã no Sul do Brasil, conforme alertou a MetSul Meteorologia em boletim de advertência sobre tempo severo.

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