Mais de 700 endereços eletrônicos foram removidos pelo TSE durante reta final das eleições

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) removeu mais de 700 endereços eletrônicos em razão das eleições de 2022. Em uma coletiva de imprensa realizada no domingo (30), data da votação do segundo turno, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, divulgou os dados sobre as ações de combate a fake news empregadas pelo órgão. 

As ações tiveram início, de forma intensificada, nas 36 horas que antecederam à votação. Dentre as medidas empregadas pelo órgão estava a remoção de 701 endereços eletrônicos. 

A remoção dos sites, no entanto, não foi a única medida empregada pelo tribunal, 15 perfis também foram retirados das redes sociais por propagarem notícias falsas. A estimativa do TSE é de que estes perfis tenham impulsionado ao menos 354 publicações. 

Cinco grupos do aplicativo de mensagens Telegram também foram banidos, estes somavam 580 mil usuários. Além das ações diretas, sete portais foram desmonetizados. 

“Nessa reta final, nós continuamos verificando, vistoriando as redes, exatamente para evitar o que ocorreu, ou pelo menos diminuir o que aconteceu às vésperas do primeiro turno”, disse Alexandre de Moraes. Segundo o magistrado, nas 48 horas antes da votação do segundo turno houve o que pode ser chamada de uma “inundação de notícias fraudulentas”. 

Os sites e contas removidos pelo TSE não foram divulgados. 

Nova normativa do TSE permite ações imediatas contra fake news

A normativa do Tribunal Superior Eleitoral, aprovada no último dia 20, ampliou os poderes do órgão que não precisa mais solicitar a exclusão de perfis e conteúdos falsos ao Ministério Público Eleitoral. Desta forma, o tribunal utiliza uma Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação que analisa se um determinado material pode ser classificado como fake ou não.