Livraria Saraiva desiste de recuperação e decreta autofalência

Nesta quarta-feira (4), a Livraria Saraiva, que estava passando por processo de recuperação judicial desde 2018, divulgou que protocolou pedido de falência, na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo. No comunicado, ela também disse que a RSM Brasil Auditores Independentes não presta mais serviços de auditoria à rede.

Quando deu início ao seu processo de recuperação judicial, a livraria tinha dívidas que juntas, somavam R$ 675 milhões. No fim de setembro, a loja encerrou suas atividades nas lojas físicas, continuando somente com a versão online.

“A Saraiva encontra-se atualmente em uma grave (e insanável) crise econômico-financeira e não tem mais qualquer possibilidade de dar prosseguimento à sua atividade empresarial.”, escreveram os advogados do escritório TWK, que representa a Saraiva, na petição enviada à Justiça. Eles ainda disseram que “a situação é, hoje, ainda mais delicada, não havendo mais alternativa senão o requerimento de sua própria falência, para a liquidação da empresa e o pagamento de seus credores”.

Autofalência da Livraria Saraiva decreta o fim de uma era

A famosa rede, fundada em 1914 por Joaquim Inácio da Fonseca Saraiva, um imigrante português, já chegou a ter mais de cem lojas espalhadas pelo Brasil, e hoje, fecha suas portas de forma definitiva. Em 2018, quando ainda estava no início da recuperação judicial, a livraria ainda contava com 85 unidades em 17 estados do país.

Após o pedido da Saraiva, a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo deve formalizar a decretação de falência. Depois, o administrador judicial da companhia deverá se desfazer dos bens e distribuir aos credores da empresa. Os primeiros a receber serão os credores trabalhistas, e depois, o Fisco. Só depois as editoras teriam algo a receber.

Imagem: Divulgação / Livraria Saraiva