Instituição de ensino é reaberta após quase 10 anos no RS

Nesta segunda-feira (19), após cerca de dez anos, a revitalização do Instituto de Educação General Flores da Cunha, em Porto Alegre, finalmente foi entregue. A inauguração ocorreu por volta das 9h da manhã e marca o início do ano letivo na rede estadual de educação. O prédio, que é reconhecido pelo patrimônio histórico e foi construído em 1869, voltará a acolher 1.014 estudantes nos turnos da manhã, tarde e noite. Os estudantes foram relocados para outras unidades durante o tempo das reformas.

O investimento para a restauração do prédio, segundo o governo do Estado, é de cerca de R$ 23,4 milhões. A estrutura do instituto é dividida em três pavilhões. O principal, voltado para a Avenida Osvaldo Aranha; o da Educação Infantil, que volta-se para o largo central do Parque Farroupilha e se conecta ao primeiro por um pergolado; e o do ginásio de esportes, voltado para a Avenida Setembrina.

Instituto passou por revitalização durante quase 10 anos

A reforma do Instituto de Educação General Flores da Cunha passou por vários desafios antes de ser concluída. O processo se iniciou em 2012, com um empréstimo do Banco Mundial (Bird) no valor de R$ 22,5 milhões destinado às obras de restauração. O projeto de restauração, elaborado por um escritório de arquitetura, foi apresentado em setembro 2014. No entanto, as obras só tiveram início efetivamente em agosto de 2016.

Ao longo dos anos, o projeto passou por atrasos de entrega, interrupção dos trabalhos por falta de pagamento, perda de recursos do Bird devido ao atraso na conclusão das obras e até um decreto de situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul devido à pandemia que afetou o andamento dos trabalhos.

Em março de 2023, a Secretaria Estadual da Educação anunciou que a obra precisaria de mais tempo para ser concluída. Em Julho do mesmo ano, o governador Eduardo Leite realizou uma vistoria ao prédio e afirmou que cerca de 60% dos trabalhos estavam concluídos. Com a entrega das obras nesta segunda-feira, a expectativa do governo é que o prédio seja utilizado pelos estudantes já no início do ano letivo de 2024.