Insetos causam aumento alarmante de casos de alergia no RS
Durante esta semana, o departamento de saúde (SMS) da cidade foi notificado sobre o aumento do contágio da mariposa Hylesian, especialmente no arquipélago. Como resultado, a rede principal de serviços de saúde expandiu o tratamento para as assaduras alérgicas que podem ser causadas pelo contato da pele humana com animais, geralmente na forma larval.
Somente a fase larval pode ter efeitos no organismo, enquanto os estágios de filhote, ovo e adulto são inofensivos. No entanto, é importante notar que fêmeas adultas do gênero Hylesia (Saturniidae) possuem cerdas no abdômen que podem resultar em dermatite papulopruriginosa caso entrem em contato com a pele.
Os hábitos da espécie são principalmente crepusculares, especialmente no final da tarde. Durante a fase larval, é mais comum ocorrer acidentes com esses animais. Eles geralmente vivem em florestas ou áreas com densa cobertura vegetal e são atraídos pela luz. Os acidentes com animais adultos geralmente acontecem no final do verão e início do outono.
Quadro clínico e medidas preventivas
Após o contato com as mariposas, o quadro clínico inicial é caracterizado por um prurido intenso que pode durar até 24 horas e, em seguida, pode progredir para a formação de bolhas localizadas que podem persistir por até 14 dias. Para prevenir esses incidentes, a população exposta deve tomar algumas medidas preventivas, como manter portas e janelas fechadas ou protegê-las com telas, limpar mesas e pratos sob lamparinas acesas com um pano úmido, proteger as mãos com luvas, guardar os lençóis em armários fechados e manuseá-los com cuidado e colocar ou trocar roupas antes de dormir.
Para prevenir a atração das mariposas durante a fase adulta do animal, é recomendado evitar acender as luzes internas e externas das residências ao anoitecer e manter portas e janelas fechadas durante a noite. Caso possível, é indicado instalar telas nas janelas.
Também é recomendado realizar a limpeza dos móveis com um pano úmido até três vezes ao dia para retirar possíveis cerdas. Ao retirar as mariposas caídas, deve-se evitar varrer o local e, em vez disso, utilizar um pano úmido ou jogar água no chão para evitar a dispersão das cerdas. A lavagem de paredes internas e externas pode ajudar a reduzir a postura da massa de ovos.
Se possível trocar a roupa de cama todas as noites, mas caso não seja, retirá-la ao levantar e recolocá-la somente quando for dormir. Em caso de contato com a mariposa, é indicado lavar a área atingida com água fria ou gelada e procurar a Unidade de Saúde mais próxima.
Imagem: Reprodução / Specht et al. 2006