Imobiliária é suspeita de desviar valor milionário de 26 condomínios no RS

Nesta terça-feira (22), agentes da 2ª Delegacia de Porto Alegre cumpriram dois mandados de busca e apreensão em uma imobiliária sediada no bairro Menino Deus. Na ação, contas bancárias foram bloqueadas pela Polícia Civil.

Três sócias da empresa começaram a ser investigadas após suspeita de apropriação indébita e furto qualificado de cerca de R$ 1 milhão de 26 condomínios da região. Entretanto, nesta quarta-feira (23), após representantes de mais 10 condomínios da Capital denunciarem apropriação indébita, a quantidade de inquéritos instaurados, que antes estava na casa dos 20, passou para 30 e a de condomínios para 36.

Segundo os inquéritos, valores deveriam ser repassados por síndicos para pagamentos de contas de água, luz, gás e vigilância privada, porém, isso não foi feito. Atualmente, o total de prejuízo, levando em conta o total de condomínios, é no valor de R$ 1, 2 milhão.

Sócias de imobiliária negam ter conhecimento sobre irregularidades

De acordo com a apuração dos agentes da 2ª Delegacia da Capital, uma das três sócias da empresa teria alegado não ter conhecimento o que estava ocorrendo e ter solicitado desligamento do quadro societário.

Para o portal GZH, a advogada Mariju Maciel, que representa Sueli Ivone Fin Gonzales, uma das sócias, disse que sua cliente saiu da sociedade em março de deste ano, por meio de uma medida judicial. Em mensagem pelo WhatsApp, a advogada ainda disse que Sueli, “levou as irregularidades para conhecimento da Justiça”.

Em nota enviada ao GZH, os advogados da imobiliária Menino de Deus afirmam que “nada de ilícito foi encontrado no interior dos locais averiguados pelos serventuários do Estado”.

A defesa ainda disse que está acompanhando os fatos ocorridos desde março do corrente ano, época na qual a terceira sócia da empresa retirou-se através de determinação judicial, juntamente com outros funcionários que lá labutavam há mais de 15 anos e vieram a fazer parte de outras empresas do mesmo ramo”.

O caso segue sendo investigado.

Imagem: Polícia Civil / Divulgação