Hospital do RS suspende cirurgias por dívida de R$ 12 milhões

Um hospital do Rio Grande do Sul confirmou que estará suspendendo parte de suas cirurgias em razão de uma dívida milionária. Trata-se do Hospital Universitário de Canoas, na região Metropolitana de Porto Alegre, que não realizará mais cirurgias eletivas a partir de quinta-feira (27), por 10 dias.

As cirurgias eletivas são aquelas realizadas com agendamento prévio. De acordo com a direção do hospital, a medida é uma necessidade diante das dificuldades do seu quadro financeiro — o hospital carrega uma dívida de R$ 12 milhões. Confira abaixo mais informações sobre o caso.

Hospital do Rio Grande do Sul suspende cirurgias

A dívida de R$ 12 milhões do Hospital Universitário de Canoas é referente a um não repasse da prefeitura: por conta da demora da assinatura de um aditivo ao contrato com o governo municipal, a instituição deixou de receber uma verba de R$ 18 milhões.

Segundo a prefeitura de Canoas, a quitação da dívida ainda não foi realizada por conta de dificuldades financeiras. O Executivo municipal aponta que lida com uma dívida de R$ 169 milhões e por isso, não podem fazer o repasse ao hospital.  Confira parte do comunicado da prefeitura abaixo:

“Hoje, o hospital acumula uma dívida de mais de R$ 12 milhões, em razão do não repasse de R$ 18 milhões pela Prefeitura, causado pela demora na assinatura do aditivo ao contrato, ainda em 2022. Ao mesmo tempo, as dificuldades financeiras da Prefeitura, diante de uma dívida identificada em mais de R$ 169 milhões, impossibilitam a quitação imediata das pendências com a instituição”, afirma o governo municipal.

Por enquanto, a instituição continua mantendo outras operações em funcionamento: pacientes de urgências como emergência obstétrica e retaguarda pediátrica continuarão sendo atendidos. Além disso, consultas, exames e serviços de maternidade também continuam a operar normalmente.

Assim como em outros casos recentes, a Secretaria de Saúde municipal reforça que a população procure, em casos mais simples, as unidades básicas de saúde. Conforme orientação do órgão, é preciso evitar o excesso de pacientes nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e nos hospitais, que devem ser procuradas apenas em casos de urgência.

Imagem: Tony Capellão/PMC