Grande fábrica do RS receberá indenização de R$ 1,1 bilhão de seguradora

Decisão judicial garante indenização de US$ 215 milhões (equivalente a R$ 1,13 bilhão na cotação atual do dólar) para uma grande fábrica de celulose no Rio Grande do Sul. O valor será pago pela seguradora Mapfre, por conta de um acidente ocorrido em 2017 envolvendo uma caldeira.

Na época, a unidade era chamada Celulose Riograndense, pertencente ao grupo CMPC. O acidente causou danos em um dos principais equipamentos da instalação, exigindo o encerramento temporário das atividades. A empresa alegou ter tido prejuízos graves por conta da parada. Confira abaixo mais detalhes sobre o caso.

Indenização cobre prejuízos milionários de fábrica de celulose

Após o acidente, a produção caiu 600 mil toneladas, as atividades operacionais tiveram de ser remanejadas e a empresa reportou prejuízos na faixa de US$ 200 milhões. Os impactos foram sentidos até mesmo nos indicadores de produção industrial e no PIB do Rio Grande do Sul, que entraram em queda após o ocorrido.

Um comunicado da CMPC na época do acidente informou que os danos seriam cobertos pelas apólices de seguros. No entanto, a Mapfre se negou a cobrir os danos, o que levou o caso para a Justiça. Agora, em 2023, as duas companhias chegaram a um acordo extrajudicial, levando à indenização de R$ 1,13 bilhão.

Acidente em fábrica de celulose no Rio Grande do Sul

Em fevereiro de 2017, um procedimento realizado após uma mangueira de uma caldeira furar levou a um acidente que assustou os moradores de Guaíba. Foi necessária uma parada emergencial para controlar os danos. Levou 38 dias para a fábrica retomar suas atividades normais.

Segundo o comunicado da CMPC, o prejuízo de US$ 200 milhões é o reflexo da queda nas vendas de celulose, estimado em US$ 140 milhões, e também em US$ 60 milhões nos gastos para o reparo da caldeira danificada.