Grande empresa deve mais de 70 milhões a editoras de livros

Processo de recuperação judicial da Americanas revela que a empresa está devendo R$ 71,87 milhões para cerca de 100 editoras de livros. A informação foi divulgada pelo Estadão em levantamento com base na lista de credores da companhia.

A maior dívida é com a Cataventos, para a qual a Americanas deve a quantia de R$ 7,68 milhões. Em seguida, vem as editoras Intrínseca e a Companhia das Letras, com R$ 5,9 milhões e R$ 5,3 milhões, respectivamente. Confira abaixo mais detalhes sobre as dívidas.

Empresas pequenas correm risco com dívidas

Parte do processo de recuperação judicial da Americanas envolve a negociação do pagamento das dívidas com os credores. Isso significa que o prazo para a quitação pode levar de meses a anos. Para as grandes editoras, a demora é um problema menos significativo, enquanto para as empresas menores, o risco é bem maior. O impacto é amplificado devido ao período, pois a exposição das dívidas ocorreu logo após a época de vendas da Black Friday e do Natal.

O mercado da venda de livros passa por uma crise no momento. Também em 2023, a Livraria Cultura decretou falência após não conseguir cumprir com os requerimentos no processo de recuperação judicial. A situação já foi revertida, mas o impacto no setor foi significativo. O caso da Americanas pode trazer ainda mais dificuldades, levando a um ano potencialmente menos lucrativo.

Americanas passa por rombo bilionário no orçamento

Em janeiro deste ano, o CEO da Americanas revelou um rombo de R$ 20 bilhões devido à inconsistências na contabilidade. O presidente da companhia, Sérgio Rial, abandonou o cargo apenas nove dias após assumir, enquanto as ações da empresa sofreram uma queda de quase 80%.

Agora, a companhia entrou em processo de recuperação judicial para evitar a falência. Com o respaldo judicial, serão realizadas renegociações com os credores a fim de evitar encerramento de suas atividades. Você pode conferir mais notícias sobre o rombo das Americanas clicando aqui.