Furacão Catarina vai voltar? Especialista revela chances

No dia 27 de março de 2004, o sul do Brasil foi surpreendido pelo Furacão Catarina, o primeiro e único furacão registrado no Atlântico Sul até hoje. Atingindo principalmente Santa Catarina, esse fenômeno deixou um rastro de destruição e tristeza.

Muitos se perguntam sobre a possibilidade de um evento semelhante ocorrer novamente. Segundo especialistas, embora as chances sejam baixas, não é algo impossível. Entender a formação desses fenômenos e sua previsão é crucial para a segurança da população.

Com ventos que ultrapassaram os 120km/h, o Furacão Catarina devastou cidades, desabrigou milhares e causou a morte de 11 pessoas. O impacto econômico foi gigantesco, superando os 850 milhões de reais em prejuízos.

Furacão Catarina pode se repetir?

Diante das atuais mudanças climáticas e fenômenos atípicos, a pergunta que fica é: Santa Catarina está preparada para um novo Furacão Catarina? Piter Scheuer, meteorologista, explica que, embora raro, um novo evento deste porte é impossível. Segundo o especialista, para que o fenômeno se reproduza, vários elementos atmosféricos precisaram se alinhar. Desde um ciclone subtropical até a formação de uma tempestade tropical e, por último, um furacão.

“Esse é um evento extremamente raro, ocorrendo apenas a cada duas ou três décadas, ou até mais”, diz Piter.

De acordo com Scheuer, entender e prever tais fenômenos é um desafio; a única maneira de prever se ocorrerá é monitorar as atualizações meteorológicas.

Diferença entre tufão, furacão e ciclone

Segundo o especialista, todos são sistemas rotativos organizados por nuvens tempestuosas que se originam em determinados oceanos, e para ser classificado como um dos três, a velocidade do vento precisa ser de pelo menos 120 km/h. Mas por que a diferença na nomenclatura? De acordo com o especialista, os cientistas nomeiam os fenômenos dependendo da região onde ocorrem.

Se um fenômeno desse tipo ocorre no norte do Oceano Atlântico e nordeste do Pacífico, é chamado de “furacão”, ou “hurricane” em inglês, em referência ao deus caribenho do mal, chamado Hurrican. Por outro lado, se a tempestade ocorre no noroeste do Oceano Pacífico, é chamada de “tufão”. Quanto ao ciclone, é uma tempestade tropical que se forma no Pacífico Sul e Oceano Índico.

É importante observar que os ciclones extratropicais, conhecidos pelos catarinenses, são causados por frentes frias e quentes. Eles são mais comuns porque variações de temperatura ocorrem frequentemente na atmosfera.