Funcionários do Samu envolvidos em polêmica podem ter que devolver dinheiro

Funcionários do SAMU envolvidos em polêmica podem precisar devolver o dinheiro. No último domingo (27), uma investigação conduzida pela RBS TV denunciou que médicos da unidade do SAMU de Porto Alegre estavam burlando as escalas de horário e trabalhando menos do que deveriam — agora, sob investigação, podem ser obrigados a ressarcir os valores recebidos.

A informação foi confirmada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que atualmente investiga a situação. Segundo o MPRS, os médicos que receberam sem cumprir os horários de trabalho podem precisar devolver o dinheiro aos cofres públicos. Confira abaixo mais informações sobre o caso.

Funcionários do SAMU de Porto Alegre são investigados por irregularidades

A promotora de Justiça Roberta Brenner de Moraes, conforme fala divulgada pelo G1, afirmou que há indícios de práticas de crimes e que o caso será apurado. De acordo com a promotora, se comprovado, os suspeitos podem perder a função pública, direitos políticos e terão que pagar multas.

“A gente busca o ressarcimento, busca a responsabilização na área da improbidade, que pode acarretar perda da função pública, perda de direitos políticos, multas, e também busca a responsabilidade criminal de quem usa de fraude para obter uma vantagem, que é claramente ilícita”, afirma a promotora.

Os profissionais investigados são acusados de ignorar escalas, abandonar o local de trabalho durante o expediente e deixar em espera pacientes que necessitavam de socorro.

Na manhã desta terça-feira (29), o enfermeiro Cleiton Felix, responsável pelas denúncias, prestou depoimento e entregou arquivos à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. Em resposta às polêmicas, a Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS) instalou uma comissão de sindicância para averiguar as denúncias, com prazo de 30 dias para conclusão.

Até o momento, os médicos flagrados no caso não serão afastados. Há planos para instalar um sistema de câmeras e catracas, com o objetivo de assegurar o controle das entradas e saídas na unidade do SAMU. O Ministério da Saúde está averiguando o caso.

Imagem: Reprodução / RBS TV