Frio pode ajudar o RS a amenizar grande problema do estado
Diretor da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, da Secretaria Municipal da Saúde, afirmou que a queda de temperatura durante o inverno pode ajudar no combate ao mosquito da dengue, uma vez que o inseto não tolera temperaturas baixas.
No entanto, ele ressalta que o atual comportamento do clima ainda é irregular e não permite prever como será a próxima estação. Fernando também menciona a esperança em relação à vacina da dengue, que já está sendo estudada no país, e acredita que um dia ela fará parte do calendário do SUS.
“O meu sonho seria que fosse o ano que vem, mas eu acho que ainda vai demorar mais uns dois ou três anos. Tomara que esteja errado”, afirmou.
Cuidados contra a dengue devem ser mantidos em Porto Alegre após aumento de casos e mortes confirmada
Em Porto Alegre, o número de casos de dengue está em alta, com 1.366 registros confirmados este ano, sendo a maioria (80%) na região Leste. A infestação do mosquito transmissor da doença é considerada muito alta, e infelizmente, dois pacientes já morreram, enquanto um terceiro óbito está em investigação. No ano anterior, a situação foi ainda mais grave, com 4.200 casos de dengue e quatro mortes somente na Capital.
O responsável pelo controle da doença alertou que não se pode relaxar nas medidas de prevenção, pois a situação pode piorar. Em todo o estado do Rio Grande do Sul, desde o começo deste ano, foram registrados 13.827 casos de dengue e 27 mortes. No ano anterior, foram 68 mil casos e 66 mortes.
Medidas preventivas para combater o mosquito Aedes aegypti: remoção do acúmulo de água e operação de bloqueio químico
Para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue e zika, a remoção do acúmulo de água é uma medida preventiva eficaz. A operação de bloqueio químico contra a dengue é realizada com a aplicação de inseticida nas ruas dos bairros da região Leste, como o Partenon, em conjunto com outras medidas de limpeza e remoção dos focos. Além disso, são montadas armadilhas para capturar mosquitos e verificar se estão contaminados com o vírus.
Repelentes são entregues aos pacientes com diagnóstico confirmado para evitar a picada dos mosquitos e a transmissão da doença para outras pessoas. Pessoas idosas e com sistema imunológico comprometido têm maior risco de agravamento da doença e até de morte. Embora não exista uma vacina contra o vírus da dengue, a prevenção continua sendo a melhor forma de evitar a propagação da doença.
Fonte: Correio do Povo
Imagem: Arquivo/ Agência Brasil