Fenômeno que causou calor intenso em todo mundo deve impactar verão no RS

Neste ano, a primavera e o verão do Rio Grande do Sul devem ser impactados por um fenômeno que já causou grandes estragos no mundo todo. O El Niño, responsável por elevar a temperatura do Oceano Pacífico, deve trazer chuvas acima da média nas próximas estações.

Apesar de geralmente ser acompanhado por altas temperaturas, desta vez, o El Niño não deve gerar calor anormal no Rio Grande do Sul, devido às frequentes chuvas que irão marcar as estações.

Além de diminuir o calor, a influência do fenômeno pode ser positiva para as safras, fortemente prejudicadas devido aos períodos de seca enfrentados pelo Estado.

Julho é o mês mais quente registrado na história; o fenômeno El Niño pode ser uma das explicações para essa alteração climática

Recentemente, o observatório europeu Copernicus anunciou que julho foi o mês mais quente já registrado na história. Países da Europa e o Estados Unidos são os que mais estão sofrendo com essa onda de calor.

Segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, a temperatura média global no mês passado foi quase 1,5°C mais quente do que a era pré-industrial, que teve fim no século XIX.

Além do calor incomum, inundações, secas, incêndios florestais e escassez de alimentos e água se tornarão mais comuns com o passar do tempo.

“À medida que as temperaturas continuarem subindo, os efeitos se tornarão mais sérios”, disse Rebecca Emerton, cientista da Copernicus, à CNN.

Causas do calor

Um dos grandes causadores desse calor excessivo é o El Niño, que ao aquecer o Pacífico, faz com que as águas evaporem e liberem ar quente na atmosfera. Entretanto, esse fenômeno não é o único culpado.

As alterações climáticas também são consequências das ações do homem, que contribui para a poluição, o que impede a saída de parte dos raios de sol refletidos pelo solo, o que acaba aquecendo o planeta.

Imagem: Cristina Quicler/AFP