Desvio de R$ 8,5 milhões da Secretaria do Esporte e Lazer do RS? Polícia Civil investiga caso

A Polícia Civil realizou, nessa quarta-feira (9), uma ação acerca da investigação de um esquema que teria desviado ao menos R$ 8,5 milhões da Secretaria Estadual do Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul. Na ocasião, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão. 

Segundo a apuração, provas obtidas mostraram que as fraudes ocorreram, principalmente, entre 2019 e 2020. Um grupo de pessoas teria apresentado propostas a fim de serem beneficiadas com recursos do programa Pró-Esporte RS. Eles utilizaram documentos falsos e laranjas para burlar o sistema e fazer com que o Governo do RS liberasse verbas para fins ilícitos. 

Conforme a polícia, 15 pessoas estão sendo investigadas, dentre elas duas associações esportivas que pediram recursos para um projeto da área, além de um ex-dirigente de uma destas entidades, empresários, servidores e um ex-funcionário da secretaria. 

A “Operação Circuito Fechado” contou com 47 agentes, coordenados pelo delegado Max Ritter, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). O nome para a ação veio a partir da relação com a verba desviada, que seria utilizada no automobilismo. 

De acordo com a investigação, cerca de seis propostas para recursos chegaram a tramitar ao mesmo tempo.  “Apuramos que um ex-representante de uma das associações, por exemplo, quando soube que o cerco estava apertando, saiu do cargo e colocou um mecânico de outra entidade, que na verdade era do mesmo grupo, como presidente da associação. E não foi uma vez só, pois usaram em uma segunda ocasião outro mecânico para figurar como presidente destas entidades”, aponta Ritter. 

Secretaria de Esporte e Lazer emite nota sobre investigação de desvio de verba

“A Secretaria do Esportes e Lazer do RS (SEL) informa que os indícios de irregularidades apurados pela operação deflagrada nesta quarta-feira (9/11) pela Polícia Civil foram, inicialmente, detectados pela própria pasta, em ação coordenada com a Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage) e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), cujo encaminhamento gerou a ofensiva policial agora realizada.

Dessa forma, a SEL permanecerá, como desde o início, colaborando integralmente com as investigações para buscar a responsabilização pelas ações irregulares que restarem comprovadas a partir do devido processo legal, bem como ressarcimento ao erário.”