Despacho de Malas Gratuito pode retornar em 2022? Entenda

A Medida Provisória que aprova o despacho gratuito de malas em voos comerciais no Brasil foi aprovada nesta terça-feira (17), no Senado Federal.

A MP tem o objetivo de simplificar e desburocratizar as regras do transporte aéreo. A volta da franquia gratuita de malas traria um benefício e um tratamento diferenciado ao consumidor.

Caso sancionada, os passageiros poderão contar com o despacho gratuito de malas de até 23 quilos em voos domésticos, e 32 quilos em voos internacionais.

O texto volta para as mãos da Câmara dos Deputados, visto que sofreu algumas alterações pelos senadores. Após isso, segue para o Presidente da República. 

Cobrança para despacho de malas

Em 2017, as companhias aéreas foram autorizadas a cobrar pelas bagagens despachadas. O direito de levar uma mala de mão de até 10kg sem nenhuma tarifa foi mantido. Os critérios de cobrança e dimensões da mala são determinados por cada empresa.

O principal argumento das empresas era que, ao cobrar pelo despacho, a concorrência aumentaria e o preço das passagens diminuiria, o que não aconteceu. Somente em 2021, os bilhetes de voo aumentaram em 20%.

Outros pontos da MP

Entre outros pontos importantes da MP, podem-se citar:

  • Fim da competência da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em “conceder, permitir ou autorizar a prestação de serviços aéreos” e “assegurar a fiscalização e a publicidade das tarifas”;
  • Fim da distinção entre serviços aéreos públicos e privados;
  • Fim da autorização prévia para construir aeródromos civis;
  • Fim de contratos de concessão das empresas aéreas.

A MP busca desburocratizar o setor aéreo, modernizando o sistema de licenciamento, de forma que novos prestadores de serviço possam ter acesso ao mercado. 

Tramitação da MP

A Medida Provisória precisa ser analisada novamente pelos deputados, e, após isso, segue para a sanção ou veto do Presidente da República.

No entanto, o Governo Federal já demonstrou ser contra a medida, o que pode ser um empecilho para uma futura sanção. O que resta é aguardar as próximas atualizações sobre a MP.