Cara ou coroa não é 100% sorte, e nós podemos explicar! Entenda

O Cara ou Coroa, jogo que utiliza a moeda para decisões, é conhecido pelos brasileiros como uma “forma justa de decidir”. Porém, você sabia que uma investigação, liderada pelo matemático Persi Diaconis, mudou a forma de pensar sobre essa prática.

A suposição geral é de que a moeda, ao ser lançada, tem uma probabilidade de 50% de cair em qualquer um dos dois lados. Contudo, o Cara ou Coroa não é apenas sorte, mas sim, pode ter seu resultado interferido.

Confira mais informações sobre esse estudo e porque essa modalidade não depende apenas da sorte para a decisão!

Mas afinal, o que pode interferir no resultado?

Uma equipe de pesquisadores recrutou 48 participantes para um experimento, envolvendo 350.757 lançamentos de 46 moedas diferentes. Surpreendentemente, em média, a moeda caia na mesma posição em que foi lançada, resultando em cerca de 50,8% das vezes.

Sendo assim, uma descoberta interessante desse estudo é a alta variabilidade nas preferências de lançamento de moedas entre os participantes. Ou seja, alguns mostraram uma forte tendência a obter o mesmo lado, enquanto outros não demonstraram nenhum viés.

Modelo Diaconis, de Persi Diaconis

O matemático renomado, Persi Diaconis, propôs o Modelo Diaconis, que se baseia no momento em que uma moeda é lançada, ela pode sofrer uma pequena oscilação ou precessão. Com isso, essa pressão faz com que a moeda permaneça mais tempo no ar com o lado inicial voltado para cima.

Como resultado, a moeda tem chances ligeiramente maiores de cair com a face inicial voltada para cima. Dessa forma, as competições maiores podem ter uma pequena vantagem em relação a esses números.

Imagem: Reprodução / Marcello Casal Jr / Agência Brasil