Biblioteca Maria Dinorah, no Parcão, é fechada; Descubra o motivo
Após cerca de 35 anos de funcionamento, a Biblioteca Infantil Maria Dinorah localizada no Parque Moinhos de Vento foi levada à extinção. O espaço que fez a alegria de milhares de pequenos leitores com mais de 4 mil exemplares da literatura gaúcha, brasileira e mundial deixou de existir por conta da violência urbana.
O espaço que levava em seu nome o trabalho da escritora porto-alegrense Maria Dinorah Luz do Prado foi alvo de diversos episódios de vandalismo. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus). administradora do Parcão, os atos de vândalos se tornaram mais frequentes desde 2014.
Vandalismo fez com que biblioteca perdesse livros em Porto Alegre
Em 2015 o espaço cultural foi transferido para uma casa próximo à passarela sobre a Avenida Goethe. No entanto, os danos à estrutura do prédio deixaram o acervo bibliográfico exposto às condições climáticas. Em 2014 foram perdidos 19 exemplares em razão da infiltração de água e acúmulo de água. Mesmo após a transferência de local, 27 livros acabaram danificados e 38 volumes no ano seguinte.
O número de exemplares que era de 4.086 foi reduzido para 2.865 em 2020, ano em que foi realizada uma classificação dos livros em bom estado.
De acordo com Germano Bremm, secretário da Smamus, criminosos invadiram e depredaram o local diversas vezes. Além de roubarem itens da biblioteca também a danificaram fazendo com que os volumes ficassem expostos ao clima.
Com a situação, a administração da Biblioteca Infantil Maria Dinorah resolveu transferir o restante da coleção para a própria sede da Smamus, mantendo assim um acervo bibliográfico no prédio que está situado na Rua Luiz Voelcker, 55, bairro Três Figueiras. Assim, o espaço onde estava funcionando a Maria Dinorah foi, então, fechado.
Ainda que o Parcão esteja passando por reformas de revitalização em seus espaços as melhorias não contemplam a biblioteca. Ainda não existe um projeto específico para recuperação do espaço literário, porém a administração pública não desconsidera a viabilidade de iniciar parcerias público privadas para isto.
