Americanas: luz no fim do túnel pode salvar loja da falência

A Americanas, maior rede varejista do país, tem enfrentado uma batalha constante para conseguir pagar sua dívida bilionária e não ir à falência. Nesta semana, a loja, que está com uma dívida de R$ 47,9 bilhões, ofereceu aos bancos uma proposta de capitalização da empresa no valor de R$ 10 bilhões, sendo R$ 8 bilhões dos acionistas Marcel Telles, Beto Sicupira e Jorge Paulo, e R$ 2 bilhões de financiamento.

Segundo a empresa, a proposta ainda não teve um retorno, mas pretende continuar tendo “discussões construtivas com seus credores, em busca de uma solução sustentada que permita a continuidade de suas atividades”.

Além disso, a rede varejista também revelou que a proposta anterior é semelhante à anterior, feita em fevereiro.

Americanas deve apresentar plano de recuperação judicial em breve

A empresa está em uma corrida para apresentar um plano de recuperação judicial, que foi aceita pela Justiça no dia 19 de janeiro. No momento, a rede varejista tem cerca de duas semanas para apresentar a primeira versão do plano.

Depois que o plano for verificado pela Justiça, ele precisa ser aceito por uma assembleia de credores.

Além do plano, a Americanas precisa se preocupar com outras questões. Na quarta-feira (8), a Polícia Federal (PF) deu início às investigações sobre o rombo contábil no valor de R$ 20 bilhões na rede varejista. As informações são de uma fonte da Reuters.

Ainda segundo a fonte, que não teve sua identidade revelada, a ex-diretora da Americanas , Anna Saicali, foi interrogada na Superintendência da PF no Rio de Janeiro.

No início de fevereiro, o Conselho de Administração da Americanas afastou Saicali e outros executivos, durante as apurações internas sobre o rombo contábil que ocorreu no início deste ano. Segundo a fonte, a PF está em busca de informações sobre funcionários da área contábil e financeira.