Alerta de golpe! Idosas perdem R$ 185 mil em Porto Alegre

No dia 2 de outubro, duas irmãs aposentadas, de 63 e 64 anos, foram vítimas de um golpe. Na ocasião, uma suposta funcionário do Banco do Brasil afirmou às senhoras que havia identificado uma fraude na conta conjunta das duas, e acabou convencendo a mais velha a baixar um aplicativo no celular e realizar transferências, que mais tarde, seriam ressarcidas pela instituição.

As duas mulheres, que sempre preferiram ir resolver suas questões financeiras diretamente no banco, também receberam a ligação de um homem, que confirmou as informações dadas pela falsa atendente.

Em apenas dois dias, a irmã de 64 anos repassou aos golpistas R$ 185 mil, que faziam parte de suas “economias guardadas ao longo de uma vida”. A vítima acreditava estar ajudando o banco e a Polícia Federal em uma investigação de uma quadrilha em que até o gerente da agência estaria envolvido.

Entenda como foi feito o golpe

Laura (nome fictício para a mulher 64 anos), contou que a mulher que ligou no dia 2 tinha todas suas informações, o que foi fundamental para que ela acreditasse que realmente se tratava de uma funcionária do Banco do Brasil.

“Não é a primeira ligação desse tipo que recebo, tem muitas e sempre desligo, tenho extremo cuidado. Mas ela falou meu CPF, dados e informações da conta, coisas que era impossível alguém de fora do banco saber. Eu insisti que não faria nada pela internet. Ela chegou a dizer: “A gente sabe que a senhora não faz nada fora do banco, inclusive seus cartões sempre são pegos aqui”, disse.

Pouco depois, o homem ligou para Laura, e afirmou ser policial federal. Ele afirmou que a Polícia Federal estava realmente investigando o caso. “Ele chegou a dizer que era primo de primeiro grau desse gerente envolvido, e que vinha investigando o familiar. Era esse nível de detalhes”, disse a aposentada.

Logo em seguida, os criminosos pediram para a mulher baixar aplicativos e fazer algumas transferências, para ajudar a confirmar o “golpe”. Os primeiros repasses foram feitos no dia 2: R$ 39 mil para a conta de um homem e R$ 30,8 mil, para outro envolvido. No outro dia, foram transferidos R$ 48 mil e R$ 30 mil.

Segundo Laura, seu celular, o mesmo em que recebeu as ligações, foi formatado no dia 4, o que resultou na perda de contatos fotos e conversas. Foi neste momento, que a mulher desconfiou e procurou o banco, onde soube que não existia mais absolutamente nada na conta.

A Polícia Civil está investigando o caso como estelionato. O trabalho é feito pela 15ª delegacia da Capital. O Banco do Brasil apenas disse que “avalia todas as contestações apresentadas pelos clientes e disponibiliza atendimento para notificações sobre golpes ou fraudes”.

As informações são do GZH.

Imagem: Reprodução / Prefeitura Municipal de Campo Verde