Estudo revela a idade máxima que humanos podem viver

Cientistas de Singapura publicaram um estudo na revista Nature Communications que indica que humanos podem viver entre 120 e 150 anos em um ambiente livre de estressores e doenças. O estudo levanta a questão de qual seria a idade máxima que um sistema humano complexo poderia atingir se todas as condições fossem ideais.

Heather Whitson, diretora do Duke University Center para Estudo de Envelhecimento e Desenvolvimento Humano, que não participou da pesquisa, afirmou que os pesquisadores estão explorando essa possibilidade. A descoberta pode representar um marco na pesquisa de envelhecimento humano e na busca por formas de prolongar a vida saudável.

Estudo da Gero indica que o ritmo de envelhecimento pode ser um fator real em diferentes domínios

Um estudo realizado pela empresa de biotecnologia Gero, com sede na Ásia, analisou o envelhecimento em três grandes cortes nos Estados Unidos, Reino Unido e Rússia. Os pesquisadores mediram mudanças nas contagens de células sanguíneas, o número de passos diários e a idade dos participantes. Embora a faixa saudável de pressão sanguínea e contagem de células sanguíneas já fosse conhecida, o número de passos é algo pessoal. No entanto, descobriram que houve declínio nas três variáveis ao longo do tempo, o que indica que o ritmo de envelhecimento pode ser um fator real em diferentes domínios.

Segundo Peter Fedichev, coautor do estudo, as contagens de células sanguíneas e de passos são “muito diferentes”, mas “pintam exatamente o mesmo futuro”, o que sugere que o componente do ritmo de envelhecimento é válido. Os resultados mostraram também uma curva acentuada entre 35 e 40 anos, o que pode indicar uma mudança na fisiologia nessa idade. No entanto, os pesquisadores enfatizaram que a qualidade de vida é essencial e que o objetivo do estudo é estender a vida sem aumentar o tempo em que os humanos passam por um “estado de fragilidade”.

Fonte: Revista Exame

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