Você se acha feio(a)? Entenda porquê somos CRUÉIS ao nos vermos no espelho

A busca pela beleza e a autoavaliação estética são temas que frequentemente ocupam nossos pensamentos quando nos deparamos com um espelho. É comum nos questionarmos sobre nossa própria aparência e se somos considerados bonitos ou não. No entanto, é surpreendente como tendemos a ser cruéis com nós mesmos nesses momentos de reflexão.

A sociedade e a mídia desempenham um papel significativo nessa questão, estabelecendo padrões de beleza inatingíveis que nos bombardeiam constantemente. No entanto, de acordo com o psicólogo Gleb Tsipursky, a nossa autocrítica vai além dessas influências externas. Tsipursky explica que somos especialmente severos ao avaliar nossa própria beleza, pois nossa aparência pessoal é de extrema importância para nós e temos um conhecimento íntimo de nossas feições.

A “Aversão à Perda” e a autocrítica em nossa percepção da beleza

Por que será que somos tão autocríticos em relação à nossa própria beleza? Segundo Tsipursky, isso pode ser explicado pela chamada “aversão à perda”, um fenômeno psicológico que revela que temos um medo maior de perder do que uma alegria equivalente ao ganhar. Parece curioso, não é?

Para ilustrar esse conceito, o psicólogo nos apresenta um exemplo interessante. Imagine que você ganhou R$ 1.000 e tem duas opções: perder R$ 400 imediatamente ou manter os R$ 1.000, mas com uma chance de 50% de perder tudo. Pesquisas mostraram que a maioria das pessoas opta pela segunda opção, arriscando perder tudo. Porém, a situação muda quando você precisa escolher entre ficar com R$ 600 garantidos ou arriscar novamente. Nessa segunda situação, a maioria prefere ficar com os R$ 600.

Por que isso acontece? É simples: na primeira opção, a perda é enfatizada, enquanto na segunda, o foco está em manter algum ganho, mesmo que seja numericamente igual. Isso ocorre porque temos uma aversão natural a perder.

Quando se trata de nossa aparência, tendemos a prestar mais atenção às características que consideramos defeituosas, pois acreditamos que essas “falhas” possam nos fazer perder em termos de atração. É por isso que muitas vezes nos fixamos em nossos supostos defeitos em vez de valorizar nossas qualidades.

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