Varíola dos Macacos: primeiras doses de vacina devem chegar ao país em setembro

O Ministério da Saúde divulgou, nesta semana, a contratação de doses da vacina contra a varíola dos macacos. A novidade foi divulgada durante o lançamento da campanha de conscientização sobre a monkeypox. 

A pasta já havia se pronunciado sobre a aquisição dos imunizantes, alegando que a compra destes ainda não havia sido fechada em razão da falta dos produtos no mercado internacional. 

De acordo com a nova negociação, os imunizantes não chegarão ao Brasil em duas etapas como era previsto até então, mas sim serão disponibilizadas em três lotes. As vacinas estarão disponíveis para um público específico a partir de setembro.

A negociação feita pelo fundo da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), da Organização Mundial de Saúde (OMS), deve conseguir 50 mil doses da vacina contra a varíola dos macacos ainda nesta semana. 

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Arnaldo Medeiros, a compra está sendo feita pelo método mais rápido possível.  “Antes dessa coletiva, estávamos em contato direto com o fundo rotatório da Opas para preenchermos todos os requisitos e solicitarmos para a Anvisa a chegada das vacinas. Pretendemos fechar isso até amanhã de modo significativo. Lembrando que não se trata de doação, estamos adquirindo junto ao fundo rotatório, que é o mecanismo mais rápido.”, explicou. 

Quem deve receber a vacina contra a varíola dos macacos

Os primeiros imunizados contra a doença no Brasil devem ser os profissionais da saúde que tenham contato direto com pacientes infectados. Serão 25 mil pessoas vacinadas, considerando as duas doses necessárias para o cumprimento do esquema vacinal. 

As doses são produzidas pelo laboratório Bavarian Nordic. 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirma que o lote inicial não cumprirá a demanda do país. “Essas 50 mil doses não têm o poder de controlar este surto. Essas vacinas serão destinadas para proteger os profissionais de saúde que lidam diretamente com os materiais contaminados. Com 50 mil doses não dá para proteger todos os profissionais, até porque nem todos lidam com essas amostras.”, disse.