Vacina BCG: Ministério da Saúde deixa de entregar 24 mil doses ao RS em agosto

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) recebeu menos doses do imunizante BCG, solicitado mensalmente ao Ministério da Saúde. 

De acordo com a pasta, a distribuição das doses aos estados terá alteração em razão de um atraso no processo de aquisição do imunizante utilizado para proteger crianças contra a tuberculose. 

Ainda conforme informado na nota, a distribuição da BCG deve ser regularizada em setembro. 

Em agosto, 54 mil doses foram solicitadas, e o Rio Grande do Sul recebeu apenas 30 mil, faltando 24 mil doses do imunizante. 

Para a especialista em saúde do Núcleo Estadual de Imunizações do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Adriana Moschen, o estado tem uma necessidade média de 42 mil doses por mês. 

A fim de evitar o desperdício das doses, visto que a BCG após aberta possui validade de seis horas e cada frasco contém 20 doses, a Prefeitura de Porto Alegre reorganizou o sistema de vacinação para evitar que o município ficasse sem doses. 

O imunizante ainda está disponível em maternidades e na Unidade de Saúde (US) Navegantes, US Beco do Adelar, US Bananeiras e US Modelo. 

Além do imprevisto no fornecimento de doses, a procura pela BCG no Rio Grande do Sul sofreu uma queda expressiva nos últimos anos. Em 2020 a cobertura vacinal nas crianças foi de 85%, índice que saiu para 75% em 2021 e, até o momento, em 2022 a taxa é de 57% das doses aplicadas. 

Confira do MS na íntegra:

“O Ministério da Saúde esclarece que não há desabastecimento da vacina BCG no país. O quantitativo mensal do imunizante varia de acordo com a demanda dos Estados. A readequação do quantitativo ocorreu por conta da tramitação do processo de aquisição, que envolve compra, desembaraço alfandegário e autorização pela Anvisa para a entrada do produto no país, que posteriormente é enviado para análise do controle de qualidade do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) antes de ser distribuído para todo o país. A previsão é que a situação já esteja normalizada até o mês de setembro.”