Trajeto interditado há um mês gera problemas em Porto Alegre

Há pouco mais de um mês, quem percorre a Avenida Ipiranga, na capital gaúcha, consegue perceber os impactos da interdição na maior ciclovia de Porto Alegre. O trecho está bloqueado devido à queda de seis taludes do Arroio Dilúvio.

Desde o dia 6 de setembro, ciclistas e pedestres precisam dividir o espaço nas calçadas da via. Por outro lado, a prefeitura segue sem o diagnóstico do desmoronamento, além de não obter soluções.

Sendo assim, para os pedestres habituados a utilizar a avenida para caminhar, a realidade também mudou. Estudantes relatam que por várias vezes necessitam desviar de ciclistas, pois dividem o mesmo espaço.

Disputa de espaço preocupa os moradores

O secretário de Mobilidade Urbana da Capital, Adão de Castro Júnior, foi questionado sobre a disputa de espaço entre ciclistas e pedestres, que coloca em risco tanto pedestres quanto ciclistas.

“Pelo próprio Código Brasileiro de Trânsito, é definido o uso de bicicleta na mesma pista de rolamento dos carros, mas nós entendemos que se trata de uma via de alto carregamento, com fluxo intenso. Orientar as pessoas a andar na pista de rolamento seria colocar as pessoas em risco. Por isso a decisão da calçada. Não é a melhor opção, mas é a possível dentro de todos os fatores de segurança neste momento”, argumenta.

Chuvas interrompem as obras

Diante de um cenário de chuvas intensas e de ocorrência de novos desmoronamentos, a prefeitura decidiu interditar a ciclovia de aproximadamente nove quilômetros de extensão.

“Os taludes do Arroio Dilúvio estão doentes. Eu preciso saber porque aquele solo compactado 80 anos atrás não está mais se sustentando, causando esses deslizamentos”, afirma o diretor-geral adjunto do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Darcy Nunes dos Santos.

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