Taxa de casamentos no RS está entre as piores do Brasil

Recentemente, os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acenderam um sinal de alerta sobre uma tendência que vem se consolidando no estado do Rio Grande do Sul. Durante a última década, o estado gaúcho testemunhou uma queda considerável no número de casamentos, um fenômeno que vem gerando debates e análises por especialistas em comportamento social e demografia.

Os números são claros: houve uma redução de 4,5 celebrações a cada mil habitantes em 2010 para 4,2 na última pesquisa. Essa mudança pode parecer pequena em uma análise superficial, mas quando ampliamos o olhar para o contexto social e cultural do estado, percebemos a relevância desses dados. O Rio Grande do Sul agora ocupa a segunda posição entre os estados com a menor taxa de casamentos no país, ficando à frente apenas do Piauí.

Média de casamentos no RS abaixo da nacional

O IBGE, em seu recente Censo, aponta que a média nacional de casamentos é de 5,9 para cada mil moradores, destacando a posição do Rio Grande do Sul abaixo da média. Contudo, mesmo diante dessa tendência de queda, há quem desafie as estatísticas, como é o caso do aposentado João Carlos Corrêa de Vargas. Aos 68 anos, João Carlos está celebrando seu quinto casamento, evidenciando que, para alguns, a crença no matrimônio permanece inabalável.

Além da taxa geral de casamentos, os dados revelam particularidades interessantes sobre os casamentos homoafetivos no estado. Representando 1,2% do total de casamentos, a maior parte é entre mulheres, alinhando-se com uma tendência de maior visibilidade e aceitação dos relacionamentos homoafetivos na sociedade.

Em contrapartida, o Rio Grande do Sul também se destaca nos índices de divórcio, sendo o estado com a maior duração média de casamento antes do divórcio, 16,8 anos. Esse fato sugere uma reflexão sobre a durabilidade das relações e como elas estão sendo reconfiguradas no tempo presente.