Secretário de Segurança do RS fala sobre saques em meio a tragédia

As recentes chuvas intensas no Rio Grande do Sul não só causaram danos materiais e humanos significativos, mas também desencadearam uma série de saques e crimes que estão colocando em teste a segurança pública do estado. Diante deste cenário, um aumento significativo nas operações de segurança está sendo observado, com destaque para as ações governamentais contra os atos criminosos.

Como estão sendo gerenciadas a segurança e as operações de resgate?

O governo estadual, sob liderança de Eduardo Leite (PSDB), tomou medidas imediatas para reforçar a segurança pública, solicitando inclusive o apoio de 400 militares da Força Nacional de Segurança. Nos primeiros dias de crise, já se apresentaram 100 oficiais prontos para se integrarem às operações no estado.

Adicionalmente, um programa especial chamado Mais Efetivo foi aberto para facilitar a contratação temporária de policiais que estão na reserva. Essa iniciativa disponibilizará ao total 1.000 agentes para fortalecer a segurança, especialmente em áreas críticas como os abrigos provisórios criados para a população desalojada.

Declarações oficiais sobre o combate à criminalidade durante a crise

Em diversas ocasiões, tanto o secretário estadual da Segurança Pública, Sandro Caron, quanto o governador Eduardo Leite, enfatizaram o compromisso com a manutenção da ordem e o combate severo aos crimes. “Vamos prender e dar a consequência para aqueles que usam um momento dramático para aplicar golpes ou praticar crimes,” afirmou Leite.

Até o momento, já foi feita a mobilização de 944 servidores federais, incluindo a atuação em conjunto da Polícia Federal com helicópteros, embarcações de resgate e motos aquáticas para auxílio e proteção da população. Dois indivíduos foram presos por atos criminosos realizados durante o período das enchentes, consistentes em saques e ameaças contra voluntários e socorristas.

O governo do Rio Grande do Sul também anunciou a liberação de R$ 200 milhões para enfrentar de maneira emergencial as consequências das chuvas. Estes recursos serão direcionados principalmente para a reconstrução de infraestrutura, assistência médica e habitação para os desabrigados.

  1. R$ 70 milhões repassados aos municípios para ações imediatas.
  2. R$ 50 milhões destinados ao suporte de 20 mil famílias afetadas.
  3. R$ 10 milhões para o fomento de hospitais em estado crítico.
  4. R$ 40 milhões para a recuperação de estradas.
  5. R$ 30 milhões em Aluguel Social, ajudando aproximadamente 75 mil famílias.

Atualmente, o estado contabiliza mais de 1,44 milhão de pessoas afetadas diretamente pela catástrofe, entre desalojados e os que buscaram refúgio em abrigos temporários. O número de óbitos confirmados pelas autoridades já supera 95, com centenas de feridos e desaparecidos ainda sendo contabilizados, além da investigação de outras potenciais fatalidades ligadas ao desastre.