Sebastião Melo não garante que vai ficar 4 anos no poder caso seja reeleito em Porto Alegre

A cena política de Porto Alegre está agitado com os recentes anúncios do prefeito Sebastião Melo sobre sua reeleição. Em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (15), Melo traçou as linhas mestras de sua campanha e abordou a polêmica questão de seu futuro na gestão municipal.

Melo, que expressou firmemente sua intenção de concorrer a um novo mandato como prefeito da capital gaúcha, deixou no ar a possibilidade de não permanecer por todo o segundo mandato, caso reeleito. “Eu só vou trabalhar o tema municipal”, disse ele, esquivando-se de compromissos a longo prazo e mantendo o foco nas questões imediatas da cidade.

“Sou candidato a terminar o governo, faltam nove meses. E depois disputar a eleição, que aqui é Gre-Nal, é dura, é difícil. E, se ganhar a eleição, fazer mais e melhor. Não está na minha pauta discutir o Estado ou a União”, disse Melo.

Expectativas sobre a reeleição de Sebastião Melo

Diante da possibilidade de reeleição, a especulação sobre sua candidatura ao governo do Estado em 2026 ganha força. Ainda que Melo evite entrar nesse debate, sua história e posições estratégicas sugerem um jogo político bem planejado, visando posições mais altas no futuro. A entrevista, realizada ao lado de figuras chave do MDB, como o vice-governador Gabriel Souza e o ex-prefeito José Fogaça, indica o alinhamento e as ambições dentro do partido.

Na coletiva, Melo frisou a superação da desavença partidária da eleição de 2022, uma resposta aos confrontos internos que marcaram o período. A menção a um telefonema de Gabriel Souza serve como sinal de unidade no MDB, após uma fase de tensão e disputas internas.

A postura de Melo, mantendo o foco no municipalismo e evitando promessas de longo prazo, levanta questões sobre as prioridades para Porto Alegre nos próximos anos. Suas estratégias, até o momento, sugerem uma campanha centrada na gestão eficiente e no desenvolvimento da cidade, mas deixam espaço para manobras futuras na política regional.