Samu está trabalhando menos do que deveria no RS? Saiba mais sobre o caso

Investigação revela que um grupo de médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do RS trabalha menos do que deveria – colocando em risco atendimentos de urgência na região. A denúncia foi realizada pelo Grupo de Investigação da RBS (GDI), após acompanhar por dois meses a rotina dos profissionais em questão, que atuam em Porto Alegre.

Segundo a reportagem, de forma constante, os médicos ignoraram escalas, abandonaram o local de trabalho durante o expediente e deixaram em espera no telefone pessoas que necessitavam de socorro. Confira abaixo mais informações sobre o caso.

Médicos do Samu de Porto Alegre são denunciados por irregularidades

A reportagem conduzida pelo GDI foi embasada também em relatórios de plantões, escalas de trabalho e extratos de atendimento de três profissionais, que foram flagrados entrando e saindo fora do horário estabelecido. O coordenador do serviço no estado confirmou as irregularidades.

Alguns dos nomes citados são dos médicos Renan Rennó Schumann e Fabiane Andrade Vargas, acusados de descumprir com a carga horária. Nas escalas enviadas ao Ministério de Saúde, aparecem também nomes de profissionais que nem sequer atuam na central, como o coordenador do Samu no estado, o médico Jimmy Luís Herrera Espinoza.

Em resposta às denúncias, a Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS) instalou uma comissão de sindicância para averiguar o caso. “Se comprovados os fatos, podem estes ser considerados crime e, como em todos os casos, terá encaminhamento ao Ministério Público. A SES sempre se pauta pelo cumprimento de normas e toda e qualquer possível irregularidade será corrigida e, nos termos da lei, quando comprovada, punida.”, afirma a nota.

Em nota, o Ministério da Saúde também se manifestou sobre o caso. A pasta afirma que realizará visita técnica à Central Estadual de Regulação do SAMU para averiguar as informações apuradas pela reportagem e o funcionamento do serviço na região.

Imagem: Reprodução