Rodovias federais do RS terão taxa de pedágio mais cara do Brasil

Os motoristas das estradas do Sul do Brasil poderão ter que desembolsar mais para pagar os pedágios nas rodovias administradas pela Ecosul. Está em análise na Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) uma proposta de revisão tarifária que fará dos pedágios dessas estradas, especificamente os das BR-116 e BR-392, os mais caros dentre as rodovias federais do país. Um reajuste considerável, uma vez que atualmente essas tarifas ocupam a terceira posição em relação ao valor entre as 24 concessões administradas pela União.

Em 2021, o pedágio Ecosul estava posicionado em quarto lugar no ranking dos mais caros, com tarifa de R$ 12,30. Hoje, a tarifa mais alta é encontrada na cidade de Guapimirim, na BR-116 do Rio de Janeiro, a qual custa R$ 19,40. O segundo lugar é ocupado pela BR-116 na cidade paulista de Pindamonhangaba, com tarifa no valor de R$ 15,70.

Por que o pedágio Ecosul será mais caro?

No caso da Ecosul, a empresa deve sofrer um reajuste de 28%, fazendo com que o valor para carros salte de R$ 15,20 para R$ 19,50. Essa alteração é primordialmente devida à recomposição dos índices inflacionários de 2023 e 2024. A última vez que o pedágio sofreu um reajuste foi em novembro de 2023, quando a tarifa para carros aumentou 23,5%, passando de R$ 12,30 para R$ 15,20.

Quando os novos valores entrarão em vigor?

Os novos valores poderiam entrar em vigor no dia 1º de janeiro de 2024, data-base de reajuste dos pedágios da Ecosul. No entanto, a votação para ratificar a recomposição não foi incluída na última reunião de diretoria da ANTT. Desta forma, o aumento será apreciado em um dos próximos encontros de janeiro, fazendo com o que os novos valores já passem a valer ainda dentro do próximo mês.

É importante ressaltar que o contrato original da Ecosul, que teve início em julho de 1998, possuía uma duração inicial de 15 anos e deveria findar em 2013. No entanto, em 2000, um aditivo prorrogou o vínculo até abril de 2026. A concessionária inclusive solicitou novamente prorrogação de contrato ao governo federal. Se aprovado o pedido, o valor do pedágio poderia cair dos atuais R$ 15,20 para R$ 11.