Rio Grande do Sul: agroindústria cresce 3.000% em uma década no Estado

A agroindústria gaúcha cresceu de forma expressiva nos últimos anos. Com a regulamentação da atividade e criação de um selo que garante a origem e procedimento na fabricação, os produtos produzidos por pequenas propriedades puderam expandir os negócios.

Há 12 anos uma queijaria de Ivoti, na Região Metropolitana de Porto Alegre, trabalha com produtos do ramo de queijos finos e possui clientes em mais de 42 cidades gaúchas. “O diferencial é o cuidado, uma vez que, como não é uma grande escala a gente consegue dedicar uma atenção maior a cada lote produzido, a cada produto e fazer essa rastreabilidade. hoje eu conheço todos os nossos fornecedores, de onde vem a nossa matéria-prima, e isso dá uma confiança maior para a nossa produção”, diz Rodrigo Staudt, responsável pelo negócio, ao Canal Rural. 

Conforme dados da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, o número de estabelecimentos cresceu mais de 3.000% na última década. Em 2010 o estado contava com 116 agroindústrias, número que atualmente é de 3.830. 

Os estabelecimentos em questão produzem uma ampla variedade de produtos para complementar a renda. De embutidos à panificação, tudo que é produzido na propriedade pode ser comercializado. “Para agregar valor ao produto, ter uma renda mais forte na agroindustrialização e trabalhar com aquilo que gosta que é a produção de alimentos. isso fascina as pessoas e eles estão se dedicando muito a isso. mas a gente diria que é muito forte a questão de trabalhar com seu próprio negócio e de agregar valor ao produto”, explica o presidente da Fetag, Carlos Joel. 

Rio Grande do Sul tem selo de qualidade para produtos da agroindústria

O “selo do sabor gaúcho” é dado aos produtos que foram produzidos conforme as normas estabelecidas. “Para iniciar a agroindústria ele vai precisar buscar recursos. hoje tem recursos que já financiam a agroindústria mas precisaria ter um fomento maior, com juros menores, mais alongado o prazo para ter os recursos que a gente pudesse manter a agroindústria. aquele recurso não para a construção mas que fosse para o fomento da agroindústria para comprar material, embalagem, para vender, teria que ser mais alongado. o agricultor que quer hoje ele tem que buscar. os sindicatos estão aí para ajudar, a emater tá aí para ajudar na questão das legislações para ver o que precisa, buscar as licenças no município e depois a certificação”, diz Joel.