Quando o Esqueletão deve ser demolido em Porto Alegre? Saiba o que impede o processo

No coração do Centro Histórico, o Edifício Galeria XV de Novembro, popularmente conhecido como Esqueletão, está com suas atividades de demolição paralisadas há dois meses. A espera é resultado de um embargo imposto em fevereiro deste ano, quando uma vistoria identificou condições de trabalho inseguras para os operários. A situação do Esqueletão tem gerado ampla discussão sobre segurança e gestão urbana.

Quais foram os motivos do embargo da demolição do Esqueletão?

Os técnicos da Superintendência do Trabalho e Emprego no Rio Grande do Sul, ao visitarem o local, depararam-se com situações alarmantes: buracos nas lajes com riscos de queda, escadas sem proteção adequada, e ausência de elevador, obrigando a subida de até 18 andares a pé. O cenário era tão arriscado que até a tela de proteção, essencial para evitar acidentes com quedas de material, estava inadequadamente instalada, fixada em locais que poderiam romper-se facilmente.

A prefeitura e a empresa responsável têm buscado soluções para o impasse. Recentemente, a instalação de uma nova tela de proteção deu início ao processo de atendimento às exigências legais para a retomada das obras. Assim que esta fase estiver concluída, os gestores planejam solicitar uma nova vistoria, para que as demolições possam prosseguir sem riscos adicionais para os envolvidos.

Após a demolição, o destino do terreno permanece incerto. Com diversos proprietários e uma dívida ativa de IPTU significativa, caberá ao Judiciário decidir o próximo capítulo dessa área valorizada da cidade. Enquanto isso, a prefeitura, que está custeando os R$ 3,79 milhões das operações de demolição, aguarda uma resolução para o ressarcimento e para definições sobre o futuro uso do terreno.