Quadrilha que clonava cartões para comprar alimentos na internet e revender produtos no RS é investigada

A Polícia Civil cumpriu nessa quinta-feira (27), cinco mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e Viamão contra uma quadrilha suspeita de clonar cartões de crédito ou bancários para adquirir alimentos na internet.
Segundo a investigação, os criminosos utilizavam mais de 200 CPFs de pessoas de todo o Brasil para fazer mais de 2,3 mil compras através da plataforma iFood. A apuração aponta que o prejuízo da ação dos bandidos gire em torno de R$ 2 milhões. 

A polícia afirma que os pedidos eram feitos em pequenos valores para não chamar a atenção das vítimas. As fraudes, no entanto, foram percebidas por mercados parceiros da plataforma que realiza o serviço de delivery de refeições e produtos alimentícios. 

Conforme a investigação da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), os produtos obtidos pelos criminosos eram revendidos para pequenos comerciantes da Região Metropolitana.
A quadrilha é investigada por receptação, estelionato e falsidade ideológica.

As buscas iniciadas na quinta tiveram como alvo um depósito no bairro Lomba do Pinheiro, na zona Leste da Capital. Os produtos adquiridos através das fraudes eram destinados para o local que funciona como um atacado para os receptadores. 

A Polícia Civil apreendeu, tanto no depósito quanto na casa dos criminosos, computadores, celulares, documentos e produtos vindos do crime. Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e um em Viamão. 

Quem teve seu cartão clonado por criminosos e tiveram alimentos comprados sem autorização pode entrar em contato com os números 0800 510 2828 e (51) 98418 7814 disponibilizados pelo Deic. 

iFood se pronuncia sobre clonagem feita por quadrilha

O iFood se manifestou sobre o ocorrido através da seguinte nota: “A empresa repudia quaisquer desvios de conduta, sejam de consumidores, estabelecimentos ou entregadores. A plataforma segue à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, caso necessário.”