Profissionais gaúchos recusam proposta da prefeitura e mantém greve por tempo indeterminado

Após reunião nesta terça-feira (28), os professores em greve da rede municipal de Guaíba recusaram proposta do prefeito da cidade, Marcelo Maranata. A prefeitura ofereceu um reajuste de 6% mais vale, enquanto os trabalhadores pedem por um percentual de 14,95%, equivalente ao valor concedido para o piso nacional dos professores.

A paralisação, que atinge 40% dos profissionais e já dura mais de duas semanas, deve continuar por tempo indeterminado. Os trabalhadores agora pedem por uma nova reunião com o governo municipal. Confira abaixo mais informações sobre a greve.

Greve dos professores em Guaíba

Apesar da paralisação, as escolas municipais de Guaíba continuam funcionando. Segundo a Secretaria de Educação, mais da metade dos professores não aderiram à greve. Porém, de acordo com informações do G1, os pais afirmam que os estudantes estão sem aula. Diante da situação, foi formado um grupo de familiares que apoiam a greve e pedem pelos reajustes.

“O grupo foi fundado para apoiar essa causa, para buscar pressionar o prefeito, para que ele faça uma proposta que os professores aceitem, para que nossos filhos possam voltar ás aulas”, afirma Gerson Gonzales de Souza, pai de estudante, em entrevista ao portal do G1.

A presidente do Sindicato dos Professores de Guaíba, Rosângela Heim, questiona como o aumento pode desincentivar os profissionais de buscar mais qualificações.

“Se continuar essa política dentro de Guaíba, vamos chegar no momento em que o professor que tem mestrado vai ganhar a mesma coisa que o professor magistério. Qual seria o objetivo de o professor se qualificar, se ele vai gastar na sua qualificação, na sua faculdade, nos mestrados ou doutorados e não vai receber nada do governo em troca?”, afirma a representante.

Em suas demandas, os professores pedem que o reajuste de 14,95% inclua todos os níveis do plano de carreira, afetando também os profissionais que possuem mestrado ou doutorado. A prefeitura afirma que não tem recursos para cobrir os possíveis aumentos com os salários dos funcionários.