Prejuízos bilionários abalam uma dos maiores setores do RS

A instabilidade climática teve um impacto devastador na produção agropecuária brasileira entre 2013 e 2022, com perdas econômicas estimadas em R$ 287 bilhões. As secas foram as principais responsáveis por essa situação, representando 87% desse valor. O setor agrícola foi o mais afetado, com prejuízos de R$ 186,2 bilhões.

O estado do Rio Grande do Sul, que sofreu com a maior incidência de estiagens, foi responsável por 21% do total nacional de perdas, com um saldo negativo de R$ 38,5 bilhões. Essas informações foram obtidas por meio de um levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), utilizando dados do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (S2ID/Midr).

Importância da gestão ambiental para minimizar perdas econômicas

Durante os últimos dez anos, o Rio Grande do Sul sofreu perdas consideráveis devido aos extremos climáticos, incluindo as chuvas em excesso e a falta delas. De acordo com um estudo realizado pela CNM, esses danos totalizaram R$ 44,5 bilhões. A agricultura foi especialmente afetada, com uma queda de 29,7% no valor bruto da produção agrícola em 2022. Essa queda foi consequência direta dos efeitos negativos desses extremos climáticos sobre as lavouras gaúchas.

Nos últimos 10 anos, o Rio Grande do Sul sofreu perdas econômicas consideráveis devido a eventos climáticos extremos. Segundo um estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM), as perdas totais no estado foram de R$ 44,5 bilhões entre 2013 e 2022. As chuvas em excesso ou a falta delas afetaram significativamente a produção agrícola, resultando em uma queda de 29,7% no valor bruto da produção em 2022. Em todo o país, 14.635 decretos de situação de emergência ou calamidade pública foram emitidos em decorrência desses eventos climáticos, levando a uma perda de 6,8 milhões de hectares de colheitas.

“Do ponto de vista mais geral, fica muito claro que determinadas leis ambientais que foram exageradas terminam impedindo que possamos fazer uma série de medida. Está se mostrando o custo, que é extremamente elevado para o país. Poder reservar água significa perder menos por conta de estiagem e perder menos por conta de enchente, tanto no campo quanto na cidade”, disse o economista-chefe da Farsul.

Fonte: Correio do Povo

Foto: Carolina Leipnitz