Prefeitos do RS alegam que falta de água não é devido estiagem

O desabastecimento de água têm sido um problema decorrente nas últimas semanas em municípios do Rio Grande do Sul. No entanto, segundo prefeitos de cidades da região metropolitana de Porto Alegre, a falta de água pode não ser apenas por conta da estiagem e da baixa dos rios.

Os líderes afirmam que o problema é também estrutural, atribuindo a responsabilidade do caso, além da estiagem, à estrutura do fornecimento de água da Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento). Até o momento, 235 municípios, o equivalente á 47% do total, já declararam situação de emergência.

Prefeitos responsabilizam Corsan por problemas na captação de água em período de estiagem

Um relatório divulgado pela Prefeitura de Sapucaia do Sul no dia 28 de janeiro apontou que o principal fator para os problemas na captação foi o rompimento de uma adutora. O município passou por problemas no fornecimento de água até o dia 3 de fevereiro. Segundo o prefeito Volmir Rodrigues, é preciso a manutenção da rede de distribuição para solucionar estes problemas.

Em Cachoeirinha, 18 bairros ficaram sem água no último sábado (4). Na ocasião, o problema foi causado pelo rompimento da adutora do bairro Vista Alegre. Em entrevista ao GZH, o prefeito Cristian Wasem Rosa reconheceu uma parcela da culpa pela falta de planejamento diante do crescimento da cidade, mas também atribuiu responsabilidade à Corsan.

A situação também afetou o município de Gravataí, que já lidava com um problema no fornecimento no dia 3 de fevereiro, após um problema em uma Estação de Tratamento. O prefeito Luiz Zaffalon afirmou que o desabastecimento é responsabilidade da Corsan, e que problemas do tipo são vistos em todo o ano em municípios menores, mesmo fora de época de estiagem. No fim de janeiro, o município passou por obras emergenciais para lidar com a falta de água.