Prefeito de cidade de SC renuncia ao cargo depois de ser preso

Nesta segunda-feira (10), o prefeito de uma das cidades de Santa Catarina, preso em fevereiro deste ano na terceira fase da Operação Mensageiro, renunciou ao cargo. A perda do cargo foi divulgada após a leitura da carta de renúncia durante sessão na Câmara de Vereadores.

Após a renuncia, Joares Ponticelli (PP), ex-presidente de Tubarão, será substituído pelo presidente da Câmara, que ocupará o cargo de forma definitiva até que novas eleições sejam realizadas na cidade catarinense. O vice-prefeito Caio Tokarski não pode assumir a vaga, já que também foi preso na operação.

Relembre a prisão do prefeito de Tubarão

O prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), e o vice Caio Tokarski (União Brasil) foram presos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) no dia 14 de fevereiro deste ano, após serem investigados pela Operação Mensageiro, que apura um esquema de corrupção no setor de coleta de lixo em Santa Catarina. Ponticelli é o sétimo chefe de executivo municipal detido na ação.

Na época, Macedo Machado e Scharf Neto, advogados que aturam na defesa do ex-prefeito, afirmaram em nota que Ponticelli negava “veementemente, a prática dos fatos que lhe são imputados, recebendo-os com surpresa e ficando à disposição da Justiça para colaborar com seu adequado esclarecimento”.

Após ser preso, o ex-prefeito obteve na Justiça a revogação da prisão preventiva. No dia 29 de junho, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) determinou pela soltura com uso de tornozeleira eletrônica. O vice-prefeito teve a liberdade negada.

Ponticelli também já foi deputado estadual e presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam).

Em fevereiro, também foram presos Marlon Neuber (PL), de Itapoá; Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages; Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva; Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava; Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo e Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul.

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