Porto Alegre teve uma das maiores inflações do país em meio à tragédia

A inflação é um tema que toca diretamente o bolso de todos os brasileiros e, recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados que mostram um aumento considerável nos preços em diversas cidades do país. Em maio, Salvador e Porto Alegre lideraram este crescimento, evidenciado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).

O IPCA-15, muitas vezes visto como uma prévia da inflação geral no Brasil, forneceu um retrato detalhado de como os preços estão se comportando regionalmente. O aumento dos preços da gasolina e da energia elétrica residencial foram os grandes vilões na capital baiana, enquanto em Porto Alegre, a elevação foi puxada principalmente pelo aumento nos preços dos combustíveis para veículos.

Por que Salvador e Porto Alegre tiveram as maiores altas?

O impacto direto no aumento de itens essenciais como gasolina (6,89% de aumento) e energia elétrica (3,26% de aumento) em Salvador foi significativo no cálculo inflacionário. Em simultâneo, Porto Alegre sofreu com a alta de 6,65% nos combustíveis para veículos, algo que foi consideravelmente acima da média nacional, que se manteve em 2,10%. Esses fatores são essenciais no entendimento do comportamento inflacionário nessas cidades.

A coleta de dados do IPCA-15 no período analisado, que compreende de 16 de abril a 15 de maio, foi afetada por uma situação de calamidade pública. Por conta disto, a porcentagem de coleta remota em Porto Alegre foi intensificada, utilizando métodos como telefone e internet. Aproximadamente 30% desta coleta ocorreu de forma remota durante a situação emergencial, mostrando a adaptabilidade e compromisso do IBGE em prover informações precisas mesmo em condições adversas.

Confira o ranking das cidades com maiores altas na inflação em maio

  • Salvador: 0,87%
  • Porto Alegre: 0,86%
  • Belo Horizonte: 0,60%
  • Brasília: 0,55%
  • Curitiba: 0,43%
  • São Paulo: 0,36%
  • Recife: 0,31%
  • Belém: 0,29%
  • Goiânia: 0,27%
  • Fortaleza: 0,26%
  • Rio de Janeiro: 0,15%