Porto Alegre terá primeiro mandato coletivo titular na Câmara Municipal em 2023

Pela primeira vez, a Câmara Municipal de Porto Alegre terá um mandato coletivo. Em 2023, a cadeira que será ocupada pelo cientista social Giovani Culau (PCdoB) também vai ser compartilhada com os covereadores Airton Silva, Vivian Aires, Tássia Amorim e Fabíola Loguercio. 

O grupo citado assumirá uma das vagas liberadas pelas vereadoras Daiana Santos e Bruna Rodrigues, eleitas a reputada federal e estadual, respectivamente, no último domingo (2).

Ainda que seja uma ideia que vem crescendo no país, o mandato compartilhado não está previsto no regimento da Câmara da Capital, portanto Giovani será considerado o titular do cargo. 

Culau explica que, cada integrante de um mandato coletivo representa uma pauta distinta que será defendida na Câmara. Segundo ele, no momento o foco é trabalhar para a eleição do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente.

Como a ideia é que o mandato coletivo seja um movimento e não apenas uma candidatura comum, Giovani ressalta que seu nome parlamentar será “Giovani e Movimento”. 

O vereador será o mais jovem da Câmara Municipal, com 28 anos. 

Para ele, a Casa não está oficialmente pronta para um mandato coletivo e a ação precisará de esforços internos em razão da estrutura do legislativo. Entre as metas do grupo está a participação nas comissões, permitidas apenas ao titular.  

Mandato coletivo pode ter divergências em Porto Alegre

Ainda que os parlamentares que compõem o mandato coletivo pertençam ao mesmo grupo político, Giovani afirma que a palavra final não será sua pois o objetivo é que todos entrem em consenso juntos. “A divergência é positiva e faz com que avancemos nas discussões”, disse